Greve dos Correios encalha cerca de 80 mil correspondências

A greve começou na última terça-feira (1º de abril). Mesmo com o retorno ao trabalho, eles continuam a reivindicar o pagamento do adicional de 30% de periculosidade para os carteiros, o aumento no percentual da participação nos lucros e resultados (PLR), e a implementação de um plano de cargos, carreiras e salários.

Um projeto aprovado no Congresso Nacional estipulava um percentual dos salários do carteiros com adicional de periculosidade.

A matéria foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pois, segunda a assessoria do presidente, o adicional de periculosidade na forma feita era inconstitucional. A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) disse que tentará encontrar uma forma para incorporar o benefício ao salário.

Contratação de auxiliares

Só tiveram prioridade as entregas de correspondências urgentes, como sedex, que foram entregues por meio terceiros. Para regularizar as entregas com a volta dos carteiros, no sábado, foi necessária a contratação de auxiliares.

“Estamos entregando de acordo com a ordem de chegada. Até esta quinta acredito que tudo vai estar regularizado”, diz um funcionário que não quis ser identificado.

Diariamente são entregues 20 mil correspondências na cidade. A categoria protestou contra o Ministério da Comunicação e a ECT.

“Agora, eles prometeram pagar por três meses o adicional de 30% e, em julho, incorporar ao salário, vamos esperar ”, diz o secretário de finanças do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Rio Preto, Valdir Candeu.

“Os funcionários voltaram a trabalhar, mas se descumprirem com o acordo, faremos greve de novo”, diz Candeu. Em Rio Preto, cerca de 200 funcionários aderiram a greve e 480 mil correspondências deixaram de ser entregues.