Alunos do Ginásio Pernambucano fazem passeata

Uma escola que está entre as mais antigas e tradicionais do país, agora está no centro das discussões sobre onde funcionar. Alunos do Ginásio Pernambucano (GP) articulam, para os próximos dias, uma mobilização pela volta das atividades do colégio no prédi

Na semana passada, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) começou a uma campanha, junto aos alunos do GP, pela volta da instituição para a rua da Aurora. “Agora, nós iremos realizar um ato, na próxima sexta-feira (23), que contará com uma passeata e panfletagem”, afirma a vice-presidente regional da UBES e estudante do GP, Amanda Mello.


 


A marcha segue até a Secretaria de Educação de Pernambuco, quando uma pequena comissão será formada para encontrar com o secretário Danilo Cabral. O grupo levará idéias e proposta para que os antigos alunos do GP voltem a estudar no prédio da rua da Aurora. “Nós até entendemos e acreditamos que a proposta do CEEGP é boa para a educação em Pernambuco. O que não pode é deixar os antigos alunos em um edifício que não conta com a estrutura necessária para se ter aulas”, comentou Amanda.


 


Segundo a vice-presidente regional da UBES, será colocado para Danilo Cabral, além da volta dos estudantes, a construção de um novo espaço para abrigar o Centro de Ensino Experimental.


 


O GINÁSIO PERNAMBUCANO


Atualmente, o GP funciona no prédio da antiga Escola de Engenharia do Recife, localizada na rua do Hospício, bairro da Boa Vista. Os alunos foram locados para lá ainda em 1998, quando iniciaram as obras de reforma do prédio original, na rua da Aurora. A decisão de revitalizar a edificação foi tomada no final do terceiro governo Arraes (1995 – 1998).


 


A construção, em estilo colonial, não passava por uma intervenção estruturadora há mais de 140 anos e apresentava risco de desabamento em algumas dependências. Por isso, os estudantes foram provisoriamente transferidos para a rua do Hospício. O que era para ser uma mudança temporária acabou se tornando permanente, porque, hoje, 10 anos após a saída dos alunos, eles ainda não retornaram para o local.


 


Em 2004, com o término das obras, já no governo Jarbas, o prédio foi reaberto como Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano. Um processo seletivo foi iniciado e novos alunos entraram para primeira escola de ensino integral do estado. Enquanto isso, os antigos estudantes do GP amargam, até o momento, a falta de estrutura e de conservação do prédio onde funcionava a Escola de Engenharia do Recife.


 


Do Recife,
Daniel Vilarouca