Governador de Sergipe pede punição no caso Gautama

As declarações de Déda foram feitas ainda na fumaça do discurso inflamado do deputado federal Jackson Barreto (PMDB), que horas antes, na Câmara Federal, havia dito que “R$ 170 milhões do povo sergipano foram desviados para a campanha eleitoral do ex-governador João Alves Filho (DEM)”.

Segundo Marcelo Déda, o MPF investigou o caso e denunciou que a Deso teve um prejuízo de malversação, de corrupção. “Quem é o culpado? Não sou eu quem vai dizer. Eu espero que neste processo, quem for inocente prove a sua inocência. Mas quem for culpado, deve ser processado para devolver o dinheiro ao povo de Sergipe. O promotor lá de Brasília colocou no processo que o prejuízo foi de R$ 170 milhões. A obra do Coqueiral é de R$ 30 milhões. Imagine o que a corrupção faz? Com o dinheiro que foi desviado da Deso daria para se fazer seis obras como a que vamos fazer no Coqueiral. Vejam porque às vezes as pessoas votam sem pensar”, disse.

Na sessão de ontem da Câmara Municipal, o vereador e advogado Elber Filho (PSB) garantiu ter lido todas as 132 páginas nas quais a Procuradoria Geral da República (PGR) denuncia as 61 pessoas de envolvimento nas fraudes da Construtora Gautama.

O parlamentar, que chegou a ler trechos da tribuna da CMA, assegurou que as denúncias estão bem fundamentadas. Elber leu, por exemplo, fragmentos das gravações feitas pela Polícia Federal, onde há diálogos entre o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Flávio Conceição, o empresário João Alves Neto e Zuleido Veras, proprietário da Gautama. “Não adianta a oposição tentar desviar o foco: a denúncia não é do PT, mas da MPF”, salientou o líder da situação na Casa, o vereador Emanuel Nascimento (PT).

Fonte: Jornal da Cidade