Prefeitura e governo do Estado lançam Pacto pela Saúde
O vereador Márcio Batista (PC do B), líder do prefeito na Câmara, tachou o Pacto pela Saúde como “fruto de uma opção muito difícil para esta gestão, mas não impossível” que foi a de “não maquiar o sistema, mas de propor soluções”.
Publicado 26/05/2008 17:49 | Editado 04/03/2020 16:10
A Prefeitura de Rio Branco, com o apoio do governo do Estado, injetará R$ 12,3 milhões nos serviços da atenção básica. O convênio para a liberação desses recursos foi assinado nesta segunda-feira (26) pelo prefeito Raimundo Angelim e pelo governador Binho Marques. Entre as metas previstas no chamado “Pacto pela Saúde” estão a descentralização do sistema de saúde público com o atendimento ocorrendo por estágios, segundo o grau de complexidade do problema do paciente.
Figuram entre as maiores novidades a criação de quatro policlínicas para a realização de exames laboratoriais completos, a construção de uma central de apoio ao diagnóstico e outra de regulação. Esta última unidade orientará os pacientes quanto aos horários em que serão atendidos e para quais unidades eles devem se deslocar.
O Pacto pela Saúde permitirá que a Prefeitura de Rio Branco eleve de 40% para 56% a cobertura de saúde na família. “Antes de 2005, este atendimento não passava dos 20% e sequer tínhamos diagnóstico adequado aos nossos pacientes”, lembra Eduardo Farias, secretário Municipal de Saúde.
Estes investimentos de R$ 6,1 milhões da prefeitura, e de outros R$ 7,1 milhões do governo do Estado permitirão que as famílias tenham acesso à saúde, primeiramente, buscando os módulos. Caso seja necessário, os módulos de saúde da família encaminham o paciente aos centros. Mas se ele depender de um diagnóstico mais apurado, contará com as policlínicas, que serão quatro centros de saúde – dois deles no Segundo Distrito de Rio Branco –, remodelados para realizar exames laboratoriais.
Nas policlínicas será colhido material para exames menos complexos – como os de sangue, de fezes e de urina –, mas também será onde se realizarão os mais sofisticados, como por exemplo, os de cardiologia, de oftalmologia e de densitometria óssea, este último para o diagnóstico da osteoporose. Apenas os de imagens deverão ser feitos no Laboratório Central. As policlínicas contarão também com nutricionistas e psicólogos e abrirão das 7h à zero hora.
Basicamente, servirão para desafogar o atendimento no Laboratório Central, o Lacen, já que as pessoas não precisarão mais se deslocar para o Lacen. O próprio sistema se encarrega de levar o material coletado ao Lacen, se for preciso e retornará com o resultado. A idéia é encurtar o traslado dos usuários do sistema, que muitas vezes encontram dificuldade financeira para isso. Conforme Farias, duas dessas policlínicas funcionarão nos centros Hidalgo de Lima e Roney Meireles, que passarão por uma readequação a um custo de R$ 1,7 milhão. O governador Binho Marques assegurou que o Estado arcará com a criação das outras duas policlínicas no Segundo Distrito.
O prefeito Angelim enfatizou a necessidade de se colocar o “imediatismo, o oportunismo e a maquiagem de lado”, para que os problemas da cidade se resolvam eficientemente. “Ainda falta muito para uma saúde completamente eficiente, mas esta deve ser uma luta incessante, cujos resultados, talvez, devam ser percebidos ao longo de mais dez anos. Porém, estamos conscientes de que as medidas adotadas agora abrem caminho para que sejam duradouras e consagradas no futuro”, pontuou o prefeito.
Participaram da cerimônia, lideranças comunitárias, representantes de entidades governamentais e não-governamentais ligadas à saúde, secretários municipais e estaduais, técnicos em saúde, vereadores de sustentação ao prefeito Angelim na Câmara, os deputado estaduais Moisés Diniz e Edvaldo Magalhães, a deputada federal Perpétua Almeida e o senador Tião Viana.