Entrevista com Conrado, candidato a vereador do PCdoB em Florianópolis
O Vermelho/SC inicia hoje uma série de entrevistas com candidatos e candidatas do PCdoB de Santa Catarina. Serão entrevistados não apenas os postulantes a uma vaga em Florianópolis, mas sim de todo o Estado.
Publicado 21/07/2008 13:22 | Editado 04/03/2020 17:14
O que te levou a disputar uma vaga na Câmara de Vereadores de Florianópolis?
Eu vivi numa Florianópolis pequena, porém acolhedora, agradável e segura. As legislaturas na Câmara Municipal não pensaram a cidade no longo prazo, nem urbanística nem sócio-economicamente, e o crescimento acelerado resultou na desordem que aqui vemos.
Acredito que a renovação da Câmara é o único meio de superar estas dificuldades em uma cidade que não se pensa no longo prazo, na qual os interesses privados de alguns – sempre os mesmos – estão à frente do interesse público.
Por isto me candidatei à Câmara Municipal. Para ajudar a construir um projeto inovador para a cidade, com todo o apoio de Ângela Albino na Prefeitura.
Fale um pouco sobre sua participação na sociedade e seu compromisso com as mudanças sociais.
Minha participação nas atividades sociais começou na UFSC, onde fundei o Escritório Piloto de Engenharia Civil – EPEC, que faz extensão no curso de Engenharia Civil até hoje, um marco na formação de nossos alunos de ECV.
Ao ingressar na Receita Federal e no UNAFISCO, me aprofundei nas discussões sobre as questões de justiça tributária e dos servidores fiscais como autoridades de Estado, submissos apenas à legalidade.
Estas experiências me trazem a um compromisso com mudanças sociais, pelo exercício de um mandato aberto, amplo e democrático, que se paute pelos valores humanos, éticos e ecológicos para apresentar proposições que melhorem a qualidade de vida dos nossos cidadãos afastando riscos sociais e criando oportunidades para todos.
Quais são suas principais propostas?
A candidatura tem propostas boas, viáveis e de amplo alcance social tanto na legislação social (rede de assistência jurídica comunitária, fundo da infância e adolescência e esporte como prevenção de riscos sociais) quanto na legislação urbanística (o plano diretor deve ser mais que as demandas resultantes das audiências, tecnologias ecológicas – retenção de águas pluviais, aproveitamento de águas cinzas, pavimentos drenantes e reciclados, estímulo a implantação de energia alternativa – e a questão do transporte e mobilidade urbana, com o incentivo ao uso do transporte coletivo) e na legislação administrativa (legislação sobre assédio moral, valorização dos servidores de carreira sobre os comissionados, informatização da Câmara para controle pelos cidadãos). É claro que para o desenvolvimento urbano e social é necessário o desenvolvimento econômico, no propomos a prioridade de três áreas para as quais a cidade tem vocação: pólo tecnológico (incentivos às empresas de tecnologia nas mais diversas formas: formação de mão-de–obra especializada, financiamentos, etc…), turismo especializado (turismo náutico, de eventos culturais, submarino, convenções, GLBT, cicloturismo, terceira idade, feiras e exposições, etc…) e pólo universitário (atrair instituições de ensino superior para a cidade).
A marca das propostas é a valorização do ser humano em todos os aspectos, conciliando a prioridade para a cidadania e a qualidade de vida com os valores econômicos privados mais adequados para a cidade. Conheça mais de nossas propostas e ajude-nos a formulá-las em www.conrado65456.can.br.
Quais os principais problemas da cidade, em sua opinião?
Além dos problemas de todas as cidades grandes como a favelização e a violência, sofremos com dois problemas.
Primeiro, o transporte urbano, seja coletivo ou particular. A cidade teve um crescimento acelerado, e o poder público não esteve a altura para dar soluções a esta questão.
Segundo, a falta de integração política da região metropolitana. Esta fragmentação impede o planejamento integrado, ignora os fluxos reais de pessoas, veículos e serviços. A maioria da água de Florianópolis e parte da força de trabalho vem de fora, nosso lixo vai todo para fora, e a cidade se vê autônoma ?!
Só um governo compromissado com a população poderá dar respostas a estas questões. Florianópolis precisa repensar o sistema de transporte metropolitano, priorizando o ser humano mais que o automóvel, a mobilidade humana sobre o lucro das concessionárias, e Ângela Albino é a candidata mais qualificada para operar estas mudanças.
Uma mensagem final para os cidadãos e cidadãs da capital.
Me sinto preparado técnica e moralmente para contribuir com as inovações que Florianópolis precisa, formular uma legislação atualizada e focada no crescimento sustentável de cada ser humano e da cidade. Quero ajudar a superar a apropriação que grupos fizeram da máquina pública, humanizar e democratizar modernizando. Por isto peço seu apoio.