Parlamento do Mercosul repudia ações golpistas na Bolívia

Na mesma direção da cúpula da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), o Parlamento do Mercosul aprovou declaração nesta segunda (15) à noite, em Motevidéu (Uruguai), repudiando qualquer tentativa de rompimento institucional na Bolívia. Como saída para

Os parlamentares consideram que é necessário garantir a plena vigência das instituições democráticas e a paz naquele país. ''Precisamos apoiar a consolidação da democracia popular na Bolívia, onde todos possam participar, mas onde a grande maioria possa ser beneficiada pela riqueza do país'', disse o senador Inácio Arruda ao discursar no evento.


 


Na opinião de Inácio, a consolidação da democracia na Bolívia vem sendo ''sistematicamente contestada'' por setores de oposição dentro e fora do país.
O projeto de declaração foi aprovado por 37 votos a dois após longo debate. O senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) e os parlamentares argentinos Ruperto Godoy e Betriz Rojkes foram os autores da proposta.


 


Uma proposta de repúdio a presença de aviões e navios russos na Venezuela, apresentada por Pablo Iturralde, do Partido Nacional do Uruguai, foi retirada do texto original graças ao pedido de votação em separado apresentado por Roberto Condo, do governo da Frente Ampla do Uruguai.


 


Conselho de Defesa da América do Sul


 


Nesta sexta (16), o Parlamento do Mercosul discute a proposta brasileira de criação do Conselho de Defesa da América do Sul , apresentada pelo ministro da Defesa, Nelso Jobim. Ele defendeu estratégias de desenvolvimento em conjunto da indústria militar e de novas tecnologias para o setor.


 


“A capacitação tecnológica da região é vital. Precisamos sair do chão tecnológico, onde nos encontramos, para chegar ao teto tecnológico. Para isso, devemos promover o compartilhamento de investimentos, não repetir pesquisas que os outros estão fazendo e, dessa forma, conquistar economia de escala. São inseparáveis as estratégias de defesa e de desenvolvimento”,  afirmou Jobim.


 


Segundo o ministro, a estratégia de defesa deve funcionar como um ''escudo'' da estratégia de desenvolvimento. Ele sugeriu a integração das bases industriais de defesa sul-americanas e uma maior aproximação entre os principais institutos de pesquisa da região ligados ao setor.


 


Um bom exemplo nesse sentido, a seu ver, é a produção no Chile de peças e partes dos aviões da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). O ministro citou ainda as negociações com a Argentina para que essa estratégia se repita em uma indústria localizada em Mendoza. E criticou o fato de que jaquetas militares brasileiras ainda sejam adquiridas na China.


 


De Brasília,


Com informações das Agências Câmara e Senado