Estado vai construir três novas estradas

As novas estradas serão construídas a partir de Reriutaba e de Banabuiú. Orçamento total do Ceará 3 é de US$ 254,3 milhões. Um dos objetivos é abrir rodovias entre municípios sem interligações

O processo de construção e restauração de rodovias estaduais, previsto no Programa Rodoviário de Integração Social, deve começar ainda neste ano. O projeto, chamado de Ceará 3, é dividido em duas etapas e estabelece mil quilômetros em recuperações e 475 quilômetros de estradas novas. Conforme o Palácio Iracema, a licitação da primeira etapa será aberta em outubro, com o começo das obras em novembro. Serão mais de 350 quilômetros em restaurações e cerca de 80 quilômetros em novos trechos até o fim do próximo ano. É o maior programa de infra-estrutura rodoviária da história do Ceará, segundo o Departamento de Edificações e Rodovias (DER).


 


Os municípios de Solonópole e Orós, vizinhos no Alto Jaguaribe, não têm interligação viária. O Ceará 3, porém, prevê uma nova estrada, a partir de Banabuiú, que liga as duas cidades. “Uma das metas do programa é interligar municípios sem ligações. Se uma empresa vai investir em um município, quer logo saber se tem estrada”, explica o superintendente do DER, Quintino Vieira. Na primeira etapa, será feito o trecho de 50 quilômetros entre Solonópole e Banabuiú. Outros dois trechos serão construídos na região Norte, de Reriutaba ao distrito de Amanaiara e ao município de Pacujá: 34 quilômetros. Estas são as novas estradas da fase inicial.


 


Quinze trechos, aponta Quintino, serão recuperados ainda na primeira fase, ao longo de 358,8 quilômetros. “Todos têm mais de 15 anos e precisam de restauração”, diz. A maior recuperação será de 42,8 quilômetros, no Sertão dos Inhamuns, entre Crateús e Novo Oriente. O Ceará 3 quer, com as intervenções na malha rodoviária, possibilitar melhorias nos setores de turismo e economia. “E melhora muito o escoamento daquilo que o agricultor produz”, exemplifica. O novo trecho de Solonópole a Orós é parte da rodovia Padre Cícero, projetada para reduzir em 69 quilômetros a distância de Fortaleza a Juazeiro do Norte. O atalho passa por Quixadá, Banabuiú, Solonópole e Orós até chegar a Iguatu, no Centro-Sul.


 


Serão duas licitações diferentes: uma para restaurações e outra para pavimentações. Ambas devem ser abertas em 27 e 30 de outubro, respectivamente, referentes à etapa inicial. O fim das obras está previsto para dezembro do próximo ano. Já a segunda – e última – etapa deve terminar 12 meses depois. O orçamento, conforme o Palácio Iracema, é de US$ 254,3 milhões. O Governo do Estado entra com US$ 95,7 a título de contrapartida. E o restante vem por meio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).


 



E-Mais


 


De acordo com o superintendente do Departamento de Edificações e Rodovias (DER), Quintino Vieira, todos os licenciamentos já foram concedidos.


 


“O dinheiro só vem quando tudo está autorizado nesse sentido”, explica, reiterando que os recursos já foram assegurados. As desapropriações, ele diz, acontecerão de forma paralela às obras.


 


Quintino adianta que o processo inclui a construção de pontes, mas não apontou quantas. “São várias, na verdade. De cabeça eu não lembro”.


 


As licitações serão concorrências públicas internacionais, conforme ainda Quintino.


 


O Programa Rodoviário de Integração Social é chamado de Ceará 3. O Ceará 1 foi executado no governo Ciro Gomes. Já o Ceará 2 foi no último governo Tasso Jereissati.