Em Pernambuco, Renato Rabelo avalia crescimento do PCdoB

“Pra dar certo, a gente tem que ser ousado”. Este tem sido o lema do PCdoB nos últimos anos e, como partido que contribui ativamente para o desenvolvimento do Brasil, a legenda resolveu ampliar sua atuação e presença nas cidades brasileiras. Para isso, na

Acompanhando tudo isto, esta o presidente nacional do partido, Renato Rabelo, que, na última quinta-feira (01), esteve em Olinda presente na posse do novo governante da cidade, Renildo Calheiros. O Vermelho aproveitou a oportunidade e conversou com o comunista sobre o crescimento do PCdoB nas eleições municipais 2008 e as dificuldades em comandar importantes municípios em tempos de crise econômica.


 


VermelhoVocê vem passando por diversas cidade brasileiras onde o PCdoB conseguiu eleger os seus candidatos a prefeito. O que a gente pode perceber nisso? Que o partido vem se destacando politicamente?


 


Renato Rabelo – Sim! Nós fizemos um grande investimento nas eleições municipais 2008, no campo majoritário. Lançamos candidatos à prefeitura de importantes capitais, como Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, por exemplo. Com isso, conseguimos eleger 41 prefeitos, quando nas eleições de 2004, tínhamos feito 10 governantes municipais.


 


VermelhoAntes de vir para Olinda, o senhor passou por Aracajú, onde o PCdoB elegeu Edvaldo Nogueira como prefeito da cidade. Como é a atuação do partido aqui no Nordeste?


 


Renato – Estas duas cidades são uma particularidade muito forte de nosso partido. Em Aracajú, o Edvaldo conseguiu aglutinar 14 partidos em torno de sua candidatura. Renildo Calheiros conseguiu quase dez. Então, aqui nos Nordeste fica muito clara uma de nossas principais características que é unir forças que governam para o povo. Em Olinda, especificamente, Luciana Santos arrumou uma casa que estava praticamente abandonada com apoio dos governos Estadual e Federal. Isso nos deu força e base para eleger Renildo e tenho certeza que ele vai dar continuidade a este desafio.


 


VermelhoO PCdoB entra em seu terceiro mandato consecutivo em Olinda. Qual a importância disto para o partido?


 


Renato – Olinda é uma cidade extremamente emblemática para o nosso partido. Por sua contribuição não só para a história de Pernambuco, mas também para a construção do Brasil. Mas, acima de tudo, é um município que ainda tem pessoas vivendo de forma precária. Como Luciana Santos bem diz, “Olinda tem uma receita de cidade pequena e problemas de cidade grande”. Então, para nós é um enorme desafio administrar uma cidade como esta. Trabalho que ela fez muito bem! Então, para dar continuidade a este projeto colocamos a disposição da população um de nossos melhores quadros que é o Renildo Calheiros.


 


VermelhoMuito se falou, durante a posse e a transmissão de cargo, sobre como administrar cidades em plena crise econômica e o PCdoB vem mostrando que tem alternativas para o problema. Como estas alternativas se aplicam às cidades do Nordeste?


 


Renato – No Nordeste, temos de levar em consideração essa desigualdade social que é muito mais aguda que em cidades do Sul e Sudeste. Aqui, nós temos de encarar e focar o trabalho nos diferentes níveis de pobreza. Ou seja, humanizar as cidades. Universalizando setores de assistência básica como saúde, educação e moradia, por exemplo. Essa é a linha mestra do PCdoB, o desenvolvimento das cidades levando em conta os seus problemas e dificuldades. E isso, só vamos conseguir fazendo o que estamos fazendo em Olinda e Aracajú, aglutinando forças políticas.


 


VermelhoÉ importante a participação do povo nesse processo de superação da crise econômica?


 


Renato – Não há como governar uma cidade como Olinda sem a força e a união do povo. Todos estes partidos que se uniram em torno da candidatura de Renildo Calheiros, aqui, e Edvaldo Nogueira, em Aracajú, são expressões políticas do povo. São pessoas que saíram dos bairros, conhecem os problemas daquela localidade e se tornaram importantes quadros de seus partidos. Luciana Santos vivia no centro do povo! Esta é uma característica dela, estar junto ao povo. E isso é essencial para um bom governo.


 


Do Recife,
Daniel Vilarouca