Sucessão no Congresso: reuniões do PDT e do PT esquentam disputa
A disputa sucessória na Câmara dos Deputados e no Senado está na ordem do dia. A cúpula do PDT se reúne, nesta quarta-feira (21), num almoço em Brasília, para anunciar o apoio oficial à candidatura de Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Câmara. Par
Publicado 21/01/2009 14:49
A direção nacional do PT também se reúne em Brasília para avaliar a posição do partido nas disputas pela presidência das duas casas legislativas. O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), já declarou que o ingresso do senador José Sarney (PMDB-AP) na eleição para a presidência do Senado não prejudica o compromisso do partido com a eleição de Michel Temer na Câmara. Nos bastidores, contudo, a possibilidade de que o PMDB venha a controlar as duas casas contraria muitos deputados do PT. Não se descarta que os insatisfeitos se aproveitem do sigilo do voto para se bandear para Aldo Rebelo, com quem muitos petistas têm maior afinidade.
A candidatura de José Sarney também estará no centro dos debates na reunião da cúpula petista. O senador Tião Viana (PT-AC) deverá reafirmar que não retira a sua candidatura e que está determinado a disputar o cargo no voto com o peemedebista. Viana conta com os votos de senadores da base aliada e de dissidentes do PMDB e da oposição. Isso porque é possível que o PSDB se alie ao DEM no apoio a Sarney, decisão que fragilizaria ainda mais a candidatura do petista.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), comentou nesta terça-feira (20), a repercussão, na candidatura do deputado Michel Temer (PMDB-SP) à Presidência da Casa, da confirmação do nome do senador José Sarney como o candidato do PMDB à Presidência do Senado.
“A candidatura de José Sarney chama a atenção porque, quando a candidatura de Michel Temer foi lançada aqui na Câmara, foi tratada pelos líderes do PMDB como algo prioritário. Então se alguém deve estar preocupado com a candidatura de Temer deve ser os senadores do PMDB”, disse Chinaglia em entrevista.
O presidente da Câmara disse ainda que não crê que o lançamento da candidatura de Sarney provoque nenhuma mudança na posição da bancada do PT. “Seria um erro mudar o compromisso que firmamos”, acrescentou. Há dois anos, o PMDB apoiou a eleição de Arlindo Chinaglia em troca do apoio a Michel Temer a presidente da Câmara na eleição subsequente. “Até porque não está escrito quem vai ganhar no Senado. O processo continua. Eu prefiro o PT comandando o Senado e o PMDB comandando a Câmara.”
De Brasília
Com agências