Pesquisa revela perfil de mais de 90 mil inscritos ao FSM
Mais de 90 mil já se inscreveram para participar da nona edição do Fórum Social Mundial (FSM) em Belém (PA). O evento que começa no próximo dia 27, e vai até o dia 1º de fevereiro, terá como um dos temas principais a Amazônia.Segundo pesquisa do Instituto
Publicado 21/01/2009 19:04
A pesquisa foi feita entre as edições de 2003 (Porto Alegre) e 2007 (Nairobi) com 14 mil participantes. Nesse período, pelo menos 56% dos participantes tinham até 35 anos. O índice mais alto de participação da juventude foi em Porto Alegre, em 2003, com 70% dos participantes com até 35 anos.
Outra característica do público verificada na pesquisa foi o alto nível de escolaridade. Em todas as edições pesquisadas, a parcela de participantes com curso superior completo foi no mínimo de 73%. A edição de 2007, no Quênia, registrou o maior número de participantes com nível superior: 81%. Para um dos fundadores do FSM, o sociólogo e diretor do Ibase Cândido Grzybowski, a edição de Belém será a “mais popular” de todas.
“Nunca teve tanto indígena, quilombola, ribeirinho, extrativista, pescador. Vai ter uma mudança de perfil, na verdade sempre há, mas dessa vez será mais radical. A elite da militância vai continuar vindo, talvez caiam os grupos intermediários e vem esse grupos de base da Amazônia”, espera.
Agentes da Força Nacional
Uma parceria entre a Força Nacional e a Polícia Militar do Pará foi montada para garantir a segurança dos participantes do FSM. Duzentos e dezoito homens da Força Nacional já estão trabalhando na capital paraense e até o dia do evento o efetivo será de 230 agentes.
Segundo informou o Ministério da Justiça, a Força atuará no reforço do policiamento de proximidade. Eles estarão concentrados nos bairros de Guamá e Terra Firme, áreas periféricas da cidade com índices elevados de violência, além do centro e das docas.
Cães farejadores, um helicóptero e equipamentos antibomba serão utilizados pela Força nos trabalhos de localização de artefatos explosivos, drogas, além da prevenção de outros crimes O efetivo permanece em Belém até o fim do encontro.
Além da Força Nacional, haverá 7 mil agentes de segurança atuando na região metropolitana de Belém. O policiamento fluvial contará com cinco bases que serão atendidas por 17 barcos. Uma sala operacional terá 38 câmeras de monitoramento distribuídas pela cidade, 20 delas no território das universidades que sediarão o Fórum.
Ação Preventiva
De acordo com o coronel Mário Solano, do comando de Missões Especiais da Polícia Militar do Pará, a prioridade será uma ação preventiva, já que o encontro tem caráter pacífico. Teremos policiais na rua ostensivamente, abordando os transeuntes e orientando a população quanto questão do cumprimento da lei.
No local onde vai ocorrer a maior parte dos eventos, teremos reforço maior de policiamento, porém não esquecendo que toda a população da região metropolitana também será atendida, afirmou.
Segundo o coronel, mais de 200 pistolas Teiser serão usadas na semana do Fórum. Essa arma emite ondas que interrompem a comunicação do cérebro com o corpo. Quando disparada, a pistola imobiliza o agressor pelo tempo suficiente para que o policial possa algemá-lo. Cerca de 100 dessas armas foram doadas Polícia Militar do Pará e vão permanecer no estado após o encontro.
Os agentes da Polícia Militar estão aproveitando a presença da Força Nacional para aperfeiçoar técnicas de combate e trocar informações. Segundo o coronel Solano, a polícia está preparada para lidar com evento de grande porte. Teremos um tratamento ordeiro, justamente de receber as pessoas da melhor forma possível, com respeito, com educação, com a atenção que todas as pessoas merecem, afirmou.