No FSM Eron defende a sustentabilidade econômica da Amazônia preservando o meio ambiente

 


 O deputado estadual licenciado no Amazonas e atual secretário de produção rural do Estado, Eron Bezerra (PCdoB-AM), participou, ontem (30), do debate Amazônia: Soberania e Desenvo

 


Na ocasião, Eron apresentou os princípios pelos quais pode ser compreendida a problemáica da região amazônica. De acordo com ele, ''quem entende que o predadorismo, desenvolvimento sem qualquer preocupação ambiental, o santuarismo, conceito segundo o qual a Amazônia não pode ser alvo de nem uma atividade ecônomica e a sustentabilidade, que busca potencializar a matriz econômica da região em benefício dos seus povos consegue entender a discussão sobre a região''. ''Todos os outros problemas derivam dessa matriz'', completou.


 


 Ao longo de sua intervenção, o dirigente comunista afirmou o posicionamento e a atenção dada pelo seu partido a essa discussão. ''Toda atividade humana causa impacto ambiental. Até o simples ato de falar gera algum impacto para o meio ambiente. Logo, o foco principal da discussão não pode ser isso. E sim de que forma podemos explorar econômicamente a região de modo que os danos ambientais sejam amenizados'', afirmou. ''Nesse aspecto de  sustentabilidade que o PcdoB pensa a Amazônia, bioma que damos tanta atenção que hoje sou responsável pela secretaria criada pelo comitê central do partido para pensar especificamente a região'', ressaltou.


 


 No início de sua fala, Eron pediu licensa do coordenador da mesa para quebrar o protocolo e passar o microfone para a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf. Em alguns minutos a líder estudantil chamou o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Ismael Cardoso, e os amazonenses Maria das Neves e Yann Evanovick, presidentes da União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM) e da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) de Manaus, respectivamente, para lançar a campanha ''A Amazônia é nossa – Preservar sem entegrar''.


 


 Com isso, Lúcia afirmou o caráter estratégico da região para o Brasil e disse que o objetivo é conscientizar os governantes do país para um desenvolvimento da região  com base na sabedoria e qualificação profissional dos brasileiros por  meio da ampla formação de bacharéis, mestres e doutores. Além disso, apresentou o cartaz e presenteou Eron e os demais membros da mesa com camisas da campanha.


 


 A jovem presidente da UEE-AM, Maria das Neves, acredita que o movimento estudantil tem importante papel na contribuição para as discussões e na defesa dos interesses brasileiros. ''Nós pautamos a universidade e a qualidade do ensino superior no país. E a luta da Amazônia é parceira da luta pela educação, uma vez que as instituições de ensino superior podem interfeirir diretamente na região por meio do ensino, da extensão e, principalmente, por meio da pesquisa'', destaca. ''Afinal de contas precisamos conhecer profundamente a região para poder lançar uma plataforma de desenvolvimento'', concluiu.


 


 E mais do que discurso, as entidades estudantis já lançam as atividades para desenvolver a campanha. Maria disse que a recepção dos estudantes em grande parte das universidades no Amazonas será realizada com calouradas que irão apresentar essa e outras pautas que estão sendo defendidas pelos movimentos sociais por meio de debates, seminários e painéis. E, também, afirmou que apresentou para a direção da UNE a proposta de ser realizada, em todo país, uma caravana que tenha como tema a educação, o meio ambiente e a Amazônia, além da próxima Bienal de Cultura da entidade poder ser realizada em alguma capital dos Estados que fazem parte da região.


 


 


De Belém,


Anderson Bahia