Prefeito acusa secretário de fazer políticagem
O prefeito do município de Pavussu Elias Ferreira Neto (PCdoB) denunciou na imprensa que o secretário estadual de Defesa Civil Fernando Monteiro estaria fazendo politicagem com as cestas de alimentos para atender as famílias flageladas pela seca no semi-á
Publicado 04/02/2009 10:40 | Editado 04/03/2020 17:02
Fernando Monteiro, que é deputado licenciado pelo DEM negou as denúncias do prefeito. “Isso é picuinha e coisinhas do interior. Eu liberei as cestas de alimentos para a Comissão da Defesa Civil Municipal. Para que pessoa mais isenta para distribuir isso do que o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais?”, defendeu-se.
Elias Neto reclamou que decretou estado de emergência em conseqüência da estiagem há seis meses. A ajuda que recebeu até agora do Governo do Estado, através da Defesa Civil, foi o abastecimento de água para as famílias por meio de dois carros-pipas. A seca atingiu mais de 800 famílias no município. Segundo o prefeito, as perdas agrícolas são entre 70% e 80% da produção.
“Como não disse que votaria, ele liberou as cestas para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores, José Alves dos Santos, que é pai do presidente da Câmara, Josenildo da Silva Santos (PDT), que é nosso adversário político. O secretário está montando um esquema político com as cestas de alimentos e os benefícios da Defesa Civil”, reclamou o prefeito de Pavussu, dizendo que vai procurar o governador Wellington Dias para tratar deste assunto.
O secretário Fernando Monteiro disse que não tem política sendo feita com cestas ou através da Defesa Civil. Ele disse que durante o período eleitoral, por precaução, a distribuição das cestas foi suspensa, exatamente para evitar este tipo de denúncia, para não dizerem que estavam distribuindo cestas no período eleitoral.
“A partir de outubro, acionamos os municípios para se habilitarem a preparar a documentação necessária, o estudo de impacto da seca, o relatório de perdas e danos e a relação de pessoas atingidas, mas a maioria dos prefeitos abandonou os municípios e os prefeitos eleitos estavam esperando serem empossados. Agora, a partir de janeiro, as coisas estão andando mais rapidamente. Nós estamos entregando as cestas para as comissões de defesa civil municipal e para as instituições isentas, como o Sindicato de Trabalhadores Rurais”, justificou Fernando Monteiro.
Luciano Coelho,
do Diário do Povo