Deputado Lôbo cobra da Funasa explicações sobre saúde indígena no Vale do Javari
A morte de 21 indígenas por falta de atendimento médico nos casos de malária, hepatite e pneumonia, no Vale do Javari, fez com que o presidente da Comissão de Assuntos Indígenas da Assembléia Legislativa do
Publicado 13/03/2009 17:18 | Editado 04/03/2020 16:12
A preocupação maior – segundo o parlamentar -, é que essas moléstias estão atingindo cerca de 3.500 índios das diversas etnias, no Vale do Javari no Amazonas, que pertencem aos povos Marubo, Matis, Mayoruna Kulina e Kanamary. Os quatro primeiros pertencem à família lingüística Pano e o último à família lingüística Katukina.
Explicou José Lobo que apesar de estarem dentro de uma área protegida e reconhecida pelo governo brasileiro, longe das áreas de grandes desmatamentos do Brasil que sempre aparecem nos noticiários internacionais e sem ter grandes problemas de invasões, esses povos indígenas contatados e também os povos indígenas isolados se encontram ameaçados.
Lembra José Lobo que a Terra Indígena do Vale do Javari, com 8,5 milhões de hectares, é a segunda maior terra indígena do Brasil tendo sido reconhecida oficialmente como terra indígena pelo governo brasileiro em maio de 2001. Está localizada no sudoeste da Amazônia brasileira, na fronteira com o Peru e faz parte de um “arco de conservação” que conecta várias unidades de conservação e terras indígenas do Estado do Acre e do sudoeste do Estado do Amazonas.
Mostrando-se bastante irritado com a situação, o parlamentar disse que desde 2001 a Terra Indígena do Vale do Javari vem enfrentando uma forte epidemia de hepatite B e D e malária, e agora a pneumonia, entre as populações de povos indígenas contatados que vivem nos entornos do território dos isolados.
De Manaus,
Jerson Aranha