Taxa de mortalidade infantil cai 16% no Ceará
A taxa de mortalidade no Ceará caiu 16% em cinco anos, segundo a pesquisa Tábua da Vida 2005, do IBGE. O índice passou de 38,1 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas, em 2000, para 32 óbitos por mil, em 2005. O resultado fez com que o Estado subisse
Publicado 30/03/2009 09:02 | Editado 04/03/2020 16:35
Segundo a coordenadora estadual de Saúde da Criança, Diva Fernandes, este resultado se deve a um investimento maciço do poder público no controle de doenças como diarréias e pneumonia, bem como no combate à desnutrição infantil. O desafio agora, de acordo com a coordenadora, é reduzir a mortalidade neonatal (ocorrida entre zero e 28 dias de vida), responsável por mais de 70% das mortes de crianças com até um ano de vida.
“O tipo de mortalidade mudou. Há dez anos se morria por doenças evitáveis, como pneumonia e diarréia. Hoje, o risco é a mortalidade neonatal, que ocorre quando o pré-natal é mal feito, sem qualidade e com exames inadequados. Uma infecção urinária mal curada da mãe pode fazer com que a criança nasça prematuramente. Nestes casos, as chances de óbito são bem maiores”, explica.
Entre as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado nesta área, Fernandes destacou os repasses feitos para o atendimento pré-natal nos hospitais regionais do Interior do Estado e as campanhas de incentivo ao aleitamento materno. “Há 20 anos, 3% das crianças mamavam até os 30 dias de vida. Hoje, das famílias acompanhadas pelos agentes do Programa Saúde da Família (PSF), 70% mamam até os quatro meses”, exemplifica.
Embora os números do IBGE indiquem uma tendência de queda da mortalidade infantil no Estado, Diva Fernandes contesta a metodologia adotada. Segundo ela, o instituto baseia-se em estimativas, enquanto os dados coletados pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) referem-se aos registros oficiais de óbitos. A taxa de mortalidade infantil no Ceará, segundo o Sesa, é de 18 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas.