Cinco mil no ato em Porto Alegre contra crise e as demissões
Cerca de cinco mil gaúchos foram às ruas de Porto Alegre, nesta segunda-feira, 30 de março, protestar contra a crise financeira mundial. A marcha percorreu mais de quatro quilômetros, saindo de frente da sede administrativa da Guerdau – símbolo do capi
Publicado 30/03/2009 16:35 | Editado 04/03/2020 17:11
Na primeira etapa da atividade, na Rua Sete de Setembro, onde se concentram vários bancos, os protestos foram contra a crise e as demissões, por emprego e salário, pela manutenção e ampliação de direitos, pela redução dos juros e da jornada de trabalho sem redução de salários, pela reforma agrária e em defesa dos investimentos em políticas sociais. Liderados por trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.
Assis Melo, que falou pela CTB, disse que o povo estava na rua em busca da construção de uma sociedade mais justa para os trabalhadores e trabalhadoras, e na luta pela distribuição de renda. Já o deputado estadual, Raul Carrion (PCdoB/RS), falou que o sistema financeiro protege os bancos, pediu a redução dos juros e a saída imediata do presidente do Banco Central, Henrique Meireles.
O presidente CUT/RS, Celso Woyciechowski, disse que os trabalhadores não aceitam nenhum tipo de acordo com empresas que usam como pretexto a atual crise para reduzir os direitos dos trabalhadores.
Depois a marcha seguiu rumo ao Palácio Piratini, incorporando servidores públicos e estudantes e o alvo dos protestos passou a ser a governadora Yeda Crusius. Nos discursos as lideranças sindicais e estudantis pediam “Fora Yeda”. Os manifestantes denunciaram as acusações de corrupção e desvio de verbas de várias áreas do governo, assim como o fechamento de escolas e a instalação de salas de aula em containeres, “as salas de lata”.
“A política desse governo neoliberal prega o déficit zero – inexistente, e não tem investimento em saúde, educação, infraestrutura, e outras questões básicas”, disse Guiomar Vidor, presidente da CTB/RS. Vidor também destacou a unidade das centrais e movimentos sociais que será fundamental para realizar mobilizações periódicas com objetivo de lutar pela bandeiras dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras na busca de uma sociedade justa e igualitária.
Márcia Carvalho
De Porto Alegre