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Lula desautoriza PT a negociar terceiro mandato

O presidente Lula determinou aos seus assessores mais próximos que interfiram junto ao Partido dos Trabalhadores (PT) para que a proposta de um terceiro mandato, que voltou a ser ventilada após o anúncio da doença de Dilma, seja totalmente descart

“Eu não discuto essa hipótese. Primeiro porque não tem terceiro mandato. Segundo, porque a Dilma está bem”, afirmou Lula.



A ministra Dilma foi transferida de Brasília a São Paulo, na madrugada da terça-feira (19), quando seguiu para o hospital Sírio-Libanês para a realização de exames após ter sentido dores em consequência da reação à sessão de quimioterapia a qual está se submetendo para o tratamento de um câncer do sistema linfático (linfoma). Os médicos constataram que ela teve uma inflamação nos músculos das pernas (miopatia), um efeito colateral que pode ocorrer após o uso de um tipo de corticoide que integra a terapia contra o linfoma.



O presidente disse ter conversado, por telefone, com o cardiologista Roberto Kalil, médico pessoal da ministra, e recebeu a notícia de que ela está bem e se recupera dentro das expectativas clínicas. “Já tinha passado as dores, era uma reação à quimioterapia”, disse o presidente.



Ainda assim, diante do quadro de incertezas que o estado de saúde da ministra apresenta, a possibilidade de um terceiro mandato de Lula tem sido cogitada no Congresso como uma alternativa a um possível afastamento de Dilma da corrida eleitoral. Lula, no entanto, somente poderia se candidatar novamente ao cargo que ocupa caso houvesse uma emenda à Constituição, o que demandaria os votos favoráveis de mais de dois terços da Câmara e do Senado.



Lula descarta essa possibilidade: “essa preocupação não vai existir. A Dilma vai fazer a quimioterapia dela e está totalmente curada, ou seja, não tem problema”, acredita.



No caso de Dilma precisar mesmo se retirar da competição pelo Planalto, segundo fontes no PT, os nomes que a poderiam substituir são os do ex-ministro Antonio Palocci, do ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e do governador da Bahia, Jaques Wagner.



Fonte: Correio do Brasil