Brasil fortalece relações com a Líbia
Na semana passada, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, do Senado Federal, aprovou o nome do ministro de segunda classe George Ney de Souza Fernandes, como novo embaixador do Brasil em Trípoli.
Publicado 21/05/2009 16:17
A Líbia de Muammar Khaddafi é uma das apostas do Brasil na África. O país de 5,7 milhões de habitantes, de maioria islâmica sunita (97%), tem um comércio com o Brasil da ordem de US$ 2 bilhões.
O Brasil importa praticamente apenas petróleo, mas vende minério de ferro, carnes bovinas desossadas e açúcares.
Entre as empresas brasileiras com presença significativa na Líbia, destacam-se a Petrobras, a Odebrecht e a Queiroz Galvão.
As relações entre o Brasil e a Líbia ganharam novo impulso com a suspensão, em 1999, das sanções impostas pela ONU àquele país. Em 2000, o Brasil reabriu sua embaixada em Trípoli.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o país em 2003 quando todas as sanções internacionais foram levantadas completamente.
Ele foi o primeiro presidente brasileiro a visita a Líbia. Até então, o volume de comércio não ultrapassava os US$ 79 milhões.
Em setembro de 2007, o assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, esteve com Khaddafi, quando entregou uma mensagem pessoal de Lula.
De acordo com o Itamaraty, Lula manifestou interesse em fomentar a cooperação em matéria de petróleo e gás entre a estatal líbia NOC e a Petrobras.
No mês de março do ano passado, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli esteve em Trípoli.
Em maio, foi a vez do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que tratou da reativação da comissão mista de diálogo que teve sua última reunião em 1987, em Brasília.
No início de janeiro, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, esteve no país com uma comitiva de empresários que percorreram todos os países do Magreb.
O vice-primeiro-ministro líbio Imbarek Ashamikh, esteve no Brasil em fevereiro e anunciou que o país tinha US$ 500 milhões para investir na América do Sul.
Petróleo
A Petrobras atua na Líbia desde 2005 quando obteve concessão para pesquisa de petróleo na plataforma continental líbia.
A perfuração do primeiro poço exploratório, programada para 2007, foi adiada para este ano, sem previsão de quando poderá ocorrer.
A Odebrecht é responsável pela construção do terceiro anel viário e do novo terminal de passageiros do aeroporto internacional de Trípoli. A Queiroz Galvão realiza obras de saneamento básico em cinco cidades do leste do país, com valor cumulativo de US$ 600 milhões.
Fonte: www.inforel.org