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Obama dialoga com rei saudita

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reuniu-se nesta quarta-feira (3) com o rei Abdullah da Arábia Saudita em Riad, antecedendo o esperado discurso que proferiu na cidade do Cairo, designado a ''reparar'' as relações com o mundo muçulmano.

O presidente americano foi até o palácio de campo do rei árabe para conversar sobre o conflito israelo-palestino, as conversações com o Irã e petróleo.



''Eu acredito que foi muito importante vir ao lugar onde o Islã se formou e procurar ouvir os conselhos de sua majestade, discutindo com ele muitas das questões que temos de enfrentar aqui no Oriente Médio'', disse Obama antes de reunir-se com o rei.



O encontro aconteceu ao mesmo tempo que o líder da suposta ''rede terrorista'' al-Qaida, Osama bin Laden acusou Obama de ''antagonizar os muçulmanos'', em uma gravação de áudio transmitida pela rede catariana al-Jazira.



Na terça-feira, um dos porta-vozes de bin Laden, Ayman al-Zawahri, chamou Obama de ''criminoso'' e advertiu os muçulmanos para que ignorem seu discurso.



Solução de dois Estados



Obama, cujo pai era muçulmano e que viveu na Indonésia quando rapaz, fez mudanças em muitas políticas criadas por seu antecessor, George W. Bush, e que provaram ser impopulares entre os muçulmanos.
 


Obama ordenou o fechamento do campo de concentração da base ilegal de Guantânamo e delimitou uma data para a retirada das tropas de ocupação do Iraque.



Em uma entrevista para o jornal The New York Times, publicada na terça-feira, ele disse que espera persuadir os árabes e seus líderes ''para trabalharem com os EUA''.



''Há muitos países árabes mais preocupados com o desenvolvimento de uma arma nuclear iraniana que com a 'ameaça' isaelense, mas que não admitem isso'', afirmou Obama.



Há muitos israelenses, disse ele, ''que reconhecem que seu rumo atual é insutentável, e eles precisam fazer algumas escolhas difíceis sobre os assentamentos, para chega à solução de dois Estados —  algo de interesse deles há muito tempo —, mas não existe muita gente disposta a reconhecer isso em público''.



Espera-se que o rei Abdullah expresse a Obama suas preocupações em relação à abordagem diplomática americana com o Irã, que, de acordo com especialistas, poderá causar danos à diplomacia de Riad na região. Também pretendem que Obama aumente a pressão sobre Israel em relação à construção dos assentamentos ilegais.