Relatório acusa Israel de cometer crimes de guerra em Gaza
Um relatório elaborado por seis especialistas independentes, feito a pedido da Liga Árabe, sustenta que Israel cometeu crimes de guerra e contra a humanidade em sua agressão contra Gaza em dezembro e janeiro passados.
Publicado 04/06/2009 17:07
“Israel cometeu crimes de guerra ao atacar indiscriminadamente sem diferenciar objetivos civis e militares, ao não permitir aos civis fugir e ao tê-los aterrorizado; ao destruir propriedades sem justificativa militar; ao atacar de forma deliberada hospitais e ambulâncias e não permitir a evacuação de feritos”, afirmou em uma coletiva de imprensa o presidente da comissão, o sul-africano John Dugard.
Durante a ofensiva israelense contra Gaza morreram 1.400 palestinos — dos quais 850 eram civis, incluindo 300 crianças e 110 mulheres — e foram feridas mais de 5 mil pessoas.
Ainda, 11 mil casas foram danificadas, dezenas de hospitais, escolas, mesquitas e fábricas resultaram destruídas e edifícios das Nações Unidas foram parcialmente destruídos.
O relatório, dirigido por Dugard, também constatou que Israel cometeu crimes contra a humanidade, “um dos crimes mais graves que existe, ao ter — de forma indiscriminada e sistematica — atacado, assassinado e tratado de modo desumano a população civil”, sublinhou.
Além disso, o relatório denuncia que as forças de Telavive usaram fósforo branco como arma de guerra nas zonas densamente povoadas, algo que também viola a lei internacional.