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Mantega confirma queda do PIB e recessão técnica

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o resultado do primeiro trimestre do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro a ser divulgado na terça-feira (9) será negativo, mas que a projeção para ano ainda é positiva, com crescimento de 1%. Se a afirm

“Sabemos que o resultado será negativo, mas não arrisco para não errar”, afirmou o ministro durante o fórum “Ações contra a crise”, promovido pela Globo News, em um hotel na zona sul da capital paulista. Segundo ele, projeções de economistas apontam para uma retração da economia nacional entre 1% e 2,5% nos primeiros três meses deste ano, como reflexo do último trimestre no ano passado. A última vez que a economia do País recuou dois trimestres consecutivos foi o 1º e o 2º de 2003. Já para 2010, Mantega espera uma recuperação de até 4%.


 


Sobre o crescimento de 1% do PIB do País em 2009, o ministro reconheceu que a expectativa “é mais uma meta do que uma projeção”. Mantega apontou as ações de redução de impostos, como o corte no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos novos e itens da linha branca, como fatores que contribuíram para o equilíbrio fiscal do Brasil. O ministro ouviu criticas do economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, e do empresário Jorge Gerdau Johannpeter.


 


Selic


 


Segundo Barros, o governo assumiu aumentos na folha de pagamento que devem gerar gastos correntes mais altos até 2011. O economista afirmou que estes gastos correntes de consumo “crescem” exageradamente”. Mantega rebateu argumentando que as contas do governo apresentam inédito equilíbrio. Já Gerdau criticou a política tributária do governo, afirmando que a cadeia produtiva deve ser desonerada com objetivo de crescer no futuro. Apesar disso, o empresário elogiou as ações pontuais do governo. “Estou convicto de que a ação do Banco Central em curto prazo é fantástica”, disse.


 


Mantega afirmou não estar satisfeito com a taxa de 5% ao ano de juros reais (Selic descontada inflação). De acordo com ele, esta não é a taxa que chega ao tomador de crédito e o governo tem agido para garantir recursos principalmente às pequenas empresas, além de estudar novos fundos garantidores de crédito. Sobre o câmbio, o ministro afirmou que o governo manterá a flexibilidade, mas garantiu que estará atento para evitar uma queda brusca do dólar, “enxugando reservas”.


 


Com agências