Tarso vê candidatura quase certa ao governo do RS
O ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), afirmou nesta sexta-feira (19) que sua candidatura ao governo do Rio Grande do Sul é “absolutamente provável” e, se tiver de disputar prévias internas no partido, deve obter uma maioria folgada dos votos.
Publicado 19/06/2009 18:47
Segundo o ministro, o PT gaúcho fechará até o fim deste ano uma aliança com seus parceiros para as eleições de 2010, apesar de a direção da legenda ter decidido privilegiar a formação de uma coligação nacional para sustentar a candidatura à Presidência da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A formatação das chapas regionais ficaria em segundo plano.
“Devo fazer mais de 60% na convenção, se antes não der acordo com os companheiros que estão se apresentando (como pré-candidatos)”, disse Tarso à Reuters, ponderando que não tem divergências de plataformas políticas com os demais concorrentes da legenda, os quais estariam tentando se fortalecer internamente no partido.
“Não digo que seja certa a minha indicação, mas é absolutamente provável”, acrescentou.
Tarso já mereceu crítica por parte do presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), que considerou antecipada a iniciativa do ministro, enquanto a cúpula tenta negociar palanque para Dilma no Estado.
“É uma decisão do diretório regional. O calendário lá não fui eu que fiz, foi o próprio diretório regional. Eu estou cumprindo”, reagiu Tarso.
O ministro da Justiça destacou que o PT do Rio Grande do Sul tentará prioritariamente fechar alianças com o PCdoB, PSB e PDT, além de buscar o apoio de partidos menores.
“Estamos escolhendo com antecipação exatamente para poder desta vez ter uma relação mais justa com nossos parceiros e propor um acordo antes do fim do ano”, explicou.
Na eleição municipal de 2008, os partidos de esquerda não chegaram a um acordo e disputaram a Prefeitura de Porto Alegre divididos.
Tarso disse que são poucas as possibilidades de o PT e o PMDB se unirem para a disputa do governo gaúcho.
“O PMDB sempre faz a força de centro-direita contra nós lá. É uma exceção” disse, referindo-se à aliança nacional entre PT e PMDB.
O ministro viajou ao Pará para visitar uma tribo indígena e participar da cerimônia que anunciou o pagamento de indenização a 44 camponeses ou a seus familiares que foram prejudicados pela repressão da ditadura militar à guerrilha do Araguaia.
O PT já governou o Rio Grande do Sul com Olivio Dutra (1999-2002), e Tarso saiu derrotado em duas tentativas de comandar o estado, mas foi prefeito de Porto Alegre por duas vezes.
Fonte: G1