Yeda processa CUT por campanha publicitária pró-CPI

O argumento do governo é que as peças publicitárias desrespeitaram a governadora Yeda Crusius e ferem os princípios básicos de democracia e do estado de Direito. O documento também busca responsabilizar a agência de publicidade, D3, que criou a campanha.

Para o presidente da CUT no Estado, Celso Woyciechowski, a atitude do governo é intimidatória. ''O governo demonstra sua forma autoritária de agir e a incapacidade de lidar com a crítica'', disse, completando: ''Além de não esclarecer as denúncias que motivam a CPI, tenta intimidar quem busca esclarecer'', criticou o dirigente cutista, lamentando a iniciativa do governo.

A entidade afirmou que não irá se intimidar diante da medida e que vai aguardar ser notificada para tomar medidas cabíveis.

A representação da governadora foi entregue pelo chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, à Procuradora-Geral de Justiça, Simone Mariano da Rocha.

“Entendemos que as peças veiculadas ferem os princípios básicos de democracia e do Estado de Direito, atingindo diretamente a pessoa da governadora Yeda Crusius e o próprio Governo do Estado”, diz Wenzel em nota publicada no site do governo do Estado.

Os comerciais de TV e rádio da CUT defendem a abertura de CPI para investigar supostos atos de corrupção no governo de Yeda. Nas peças, pessoas aparecem sendo entrevistadas e afirmam que os deputados devem investigar as supostas irregularidades e abrir a CPI.

Partidos de oposição (PT, PDT, DEM, PSB e PCdoB) tentam desde o mês passado instalar uma CPI na Assembleia para apurar denúncias de que a casa onde mora a governadora teria sido comprada com caixa dois da campanha de 2006. Yeda nega irregularidades e diz que já foi inocentada por investigação do Ministério Público Estadual.

Com agências