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OEA avalia sábado sanções a regime de Honduras

A Assembleia Extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA) voltará a se reunir neste sábado (04) para tratar das sanções a Honduras, caso o governo de fato do país confirme suas sinalizações e não restitua o presidente Manuel Zelaya, derru

Segundo ele, Zelaya ''nunca vai retornar ao poder''. Micheletti não pareceu preocupado com a advertência de expulsão por parte da OEA. ''Se a comunidade internacional considera que cometemos algum erro, algum crime, que nos condene e pronto. Aqui é a autodeterminação do povo'', disse, contraditório com a sua posição de golpista.

''Não podemos chegar a um acordo porque o ex-presidente Zelaya é alvo de uma ordem de prisão pelos crimes que cometeu quando estava em suas funções'', afirmou, enfatizando ''não poder negociar nada'' com a OEA, que deu um ultimato de 72 horas ao país para devolver o poder a Zelaya.

Diante da postura adotada pelos golpistas, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, informou que a Assembleia da OEA ''voltará a deliberar neste sábado para discutir eventuais sanções a Honduras'', declarou à agência estatal argentina Telam.

O chanceler disse que no sábado, a Assembleia Extraordinária da OEA ''retomará oficialmente o funcionamento para cumprir o prazo e decidir sobre as sanções''. Taiana estimou ainda que ''a perspectiva é que vai haver sanções'', pois não há uma reação dos ''usurpadores'' de devolver o poder.

Tribunal

O presidente boliviano, Evo Morales, propôs, ontem (01), à OEA, criar um Tribunal Penal Interamericano para investigar e julgar os responsáveis do golpe militar perpetrado contra o presidente constitucional de Honduras.

''O Estado Plurinacional da Bolívia propõe que a Assembleia Geral da OEA crie um Tribunal Penal Interamericano para a democracia em Honduras ‘ad hoc’, que terá como finalidade a recepção de denúncias, investigação, processamento e sanção às pessoas que tenham cometido delitos e atentado contra a democracia e os direitos humanos na irmã república de Honduras'', anunciou Morales.

O Chefe de Estado anunciou que enviará a proposta ao secretário geral da OEA, o chileno Miguel Insulza, incluindo também a criação de um tribunal penal permanente tomando em conta o artigo da Carta Democrática Interamericana, que aponta que ''os povos da América têm direito à democracia e seus governadores têm a obrigação de promovê-la e defendê-la''.

Com este Tribunal, Morales pretende que nenhum grupo civil ou militar tente na América Central, no Caribe ou na América do Sul ser uma base militar do império. ''É uma proposta que hoje mesmo enviaremos ao secretário geral da OEA e à Assembleia para ver como podemos recuperar a democracia em Honduras'', explicou.

O governante boliviano lamentou que na América Latina ainda há grupos de militares ''que desprestigiam as forças armadas'', como o melhor instrumento das oligarquias, do neocolonialismo e do neoliberalismo.

Com agências