Em Paris, presidente Lula volta a defender o G-20
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar, hoje, que o grupo dos sete países mais ricos do mundo, mais a Rússia – o G-8 – não tem mais legitimidade para tratar de questões econômicas e financeiras. A declaração foi feita na sua chegada a Par
Publicado 04/07/2009 16:55
Lula chegou ao Aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris, pouco depois das 15h. Cinco dias antes da abertura do G8, que será realizado em Áquila, na Itália, Lula reiterou que questões sobre o sistema financeiro internacional precisam ser tratados com a participação dos países emergentes, que integram o G-20. “O G-8, se eles (seus líderes) quiserem que continue, que continue. Mas para discutir as questões econômicas e financeiras do mundo, eu acho que o G-20 é o fórum ideal”, disse.
O governo brasileiro tem feito reiteradas declarações em favor do G-20, em detrimento do G-8, apesar de os chefes de Estado e de governo do Brasil, da China, da Índia, da África do Sul, do México e do Egito serem convidados da reunião na Itália.
Para Lula, não se podem mais tomar decisões globais sem “a presença atuante de países como Brasil e China, pela importância que possuem no atual cenário. Criado por iniciativa do Brasil durante negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), o G20 reúne os 20 países industrializados do mundo, incluindo aqueles em desenvolvimento.
Lula chegou esta tarde a Paris, onde receberá, na terça-feira, o prêmio Felix Houphouët-Boigny, da Unesco – uma homenagem a personalidades que se destacam na defesa da paz. O ex-presidente português Mario Soares, que preside o juri do prêmio, justificou a escolha de Lula como um reconhecimento de sua “busca pelo diálogo, a promoção da democracia, da justiça social e da igualdade de direitos, assim como sua grande contribuição pela erradicação da pobreza e proteção dos direitos das minorias”.
Ainda na terça-feira, o presidente se reúne com o chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy. Na segunda-feira, ele participa de um jantar com o primeiro-ministro português José Sócrates. Durante o final de semana, o presidente Lula não tem compromissos oficiais.
Com agências