Cartilha lançada na Alesc introduz debate da adoção nas escolas
A deputada Angela Albino presidiu nesta segunda-feira (13 de julho) o ato de lançamento da cartilha “Familiarizando à adoção nas escolas”, promovido pela Comissão de Direitos e Garantias Fundamentais da Assembléia Legislativa de Santa Catarina
Publicado 15/07/2009 13:11 | Editado 04/03/2020 17:14
Produzida pelo Grupo de Estudos e Apoio à Adoção de Florianópolis (Geaaf), a publicação pretende instrumentalizar professores/as da rede pública para tratar do tema. Em 38 páginas, exemplifica os diferentes arranjos familiares e traz práticas docentes, sugerindo ainda uma lista de livros e filmes que tratam do tema. “O contexto escolar encontra várias configurações familiares. Com a cartilha, pretendemos fornecer subsídios para que todos esses diferentes arranjos sejam considerados e respeitados”, afirma a presidente do Geaaf, Úrsula Carreirão.
O Geaff acaba de completar treze anos de existência e procura incentivar a adoção inter-racial, de crianças e adolescentes com necessidades especiais e grupo de irmãos. Angela destacou o caráter revolucionário da ação do grupo. “Precisamos prover o direito que todos os filhos e filhas têm de viver dignamente, independente de sair ou não do nosso ventre. Essas ações procuram desconstruir conceitos para construir relações mais fraternas”, acredita a parlamentar.
Abandono infantil e redução da maioridade penal
Prestigiado por educadores e representantes do judiciário catarinense, o ato concentrou pronunciamentos contrários à Proposta de Emenda Constitucional em tramitação no Senado que pretende reduzir a maioridade penal. O advogado da Vara da Infância e Juventude em Florianópolis, Ênio Gentil Vieira, lembrou que o adolescente também tem seu direito violado ao não dispor de todos os mecanismos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e, portanto, a punição não resolve o problema da violência social.
Angela lembrou que Florianópolis é a capital do país que tem pior Índice de Desenvolvimento Humano entre os jovens, um problema que somente será resolvido com oportunidade para as crianças e adolescentes, e não com a punição. A deputada sugeriu uma reunião específica para debater o tema na Assembléia Legislativa ainda no mês de julho.