Biden faz propaganda anti-soviética na Ucrânia
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, chegou à Ucrânia para expressar a este país o apoio da nova administração americana e conhecer os principais candidatos à Presidência ucraniana.
Publicado 21/07/2009 10:13
Biden, que foi recebido pela guarda de honra no aeroporto de Borispol da capital ucraniana, se reuniu com o pessoal da Embaixada dos EUA em Kiev, enquanto os atos oficiais acontecerão nesta terça-feira.
O vice-presidente americano é o primeiro alto funcionário da Administração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a visitar a Ucrânia e também a Geórgia depois que o Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan), sob pressões de Moscou, adiou a adesão do primeiro, e após a ação de soberania russa na Geórgia.
“A visita de Biden abre possibilidades para dar passos concretos a fim de garantir a segurança da Ucrânia e apoiar sua integração euroatlântica”, disse a porta-voz da Presidência ucraniana, Irina Vannikova.
Na terça-feira, Biden será recebido pelo presidente ucraniano, Viktor Iuchtchenko.
O ato será uma oportunidade para o regime norte-americano reforçar a propaganda anti-soviética — os dois colocarão flores no monumento às “vítimas” do “Holodomor”, farsa histórica sobre a coletivização soviética nos anos 30.
No mesmo dia, Biden se reunirá com a primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko; o presidente do Parlamento, Volodymyr Lytvyn; o líder do opositor Partido das Regiões, Viktor Yanukovich, e o dirigente da Frente da Mudança, Arseni Yatseniuk.
A visita de Biden a Kiev terminará na quarta-feira com um discurso perante representantes do setor empresarial e organizações sociais, após o qual o vice-presidente dos EUA viajará à Geórgia.
A Presidência ucraniana ressaltou que a visita de Biden servirá para impulsionar o diálogo político bilateral e avançar no cumprimento de acordos anteriores, incluindo a Carta de Cooperação Estratégica assinada por Washington e Kiev em 19 de dezembro de 2008.
Além disso, o Ministério de Exteriores da Ucrânia antecipou que tratará com Biden a possibilidade de realizar uma cúpula entre Obama e Iuchtchenko nos próximos meses, e a primeira visita a Kiev da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.