Assembleia presta homenagem pelo Dia da Mulher Negra

Dezesseis mulheres negras receberão homenagem na Assembleia Legislativa de Santa Catarina na próxima quinta-feira (23 de julho). O ato solene comemora o Dia da Mulher Negra e será promovido por indicação da deputada Angela Albino (PCdoB) com o apoio do ve

As homenageadas são professoras, domésticas, babás, líderes comunitárias, mães. “São ilustres desconhecidas que, enfrentando condições adversas, dedicam-se à luta contra o preconceito racial e em favor da população negra no Estado”, explica a deputada Ângela Albino (PCdoB).


 


Invisibilidade


 


Historicamente desfavorecidas, as próprias mulheres negras instituíram a data em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas realizado em San Domingos, na República Dominicana. A intenção é dar visibilidade à condição social e econômica em que vivem por todo o mundo. “É uma data para lutar por políticas públicas capazes de mudar a condição das mulheres negras. Mostrar a nossa realidade para a população é fundamental para que isso aconteça”, explica a coordenadora da União de Negros e Negras pela Igualdade em Santa Catarina, Estela Maris Cardoso.


 


A mulher negra sofre triplo preconceito: por ser mulher, negra e pobre. Dados divulgados pelo Comitê Latino Americano e do Caribe para Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem) dão conta de que 85% das mulheres negras encontram-se abaixo da linha de pobreza. Em decorrência disso, também têm menos acesso a saúde, educação e ao mercado de trabalho. A taxa de analfabetismo das mulheres negras é o dobro das mulheres brancas. Além de apresentar menor nível de escolaridade, as negras trabalham mais tempo ao longo de suas vidas em troca de ganhos mais baixos. “Elas têm menor nível de escolaridade e trabalham mais cedo, pois precisam contribuir no sustento familiar. Ganham menos e têm mais dificuldades de conseguir colocação profissional”, lembra a deputada Angela Albino.


 


Apoiam a atividade a União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro/SC), Fórum de Mulheres Negras, Centro de Referência Dulce Rita Cardoso e União Brasileira de Mulheres (UBM/SC).


 


Antonieta de Barros


 


A atividade lembrará ainda os 108 anos de nascimento da educadora, jornalista e ex-deputada Antonieta de Barros. Primeira mulher a ocupar assento na Alesc, Antonieta enfrentou problemas típicos das mulheres negras para, hoje, ser reconhecida como vulto da Educação Catarinense.


 


Assessoria do mandato da Dep. Estadual Angela Albino (PCdoB)


Linete Martins/Ana Claudia Araujo – 48 32212680/99230037