Uruguai: analistas preveem 2º turno em eleição presidencial
Analistas políticos uruguaios estimam que as eleições presidenciais uruguaias, que serão realizadas no dia 25 de outubro, serão decididas em segundo turno, o que preocupa a coalizão governista Frente Ampla.
Publicado 24/07/2009 16:51
A projeção foi feita durante uma conferência da Universidade Católica de Montevidéu, que reuniu os especialistas Luis Eduardo González, da consultora Cifra, Ignácio Zuasnábar, da Equipos Mori, e Juan Carlos Doyenart, da Interconsult.
Zuasnábar considera ''quase impensável uma definição em primeiro turno no contexto atual'', enquanto Doyenart concorda que ''o cenário do segundo turno é o mais provável'' no Uruguai, segundo informou hoje o jornal El País.
A coalizão governista Frente Ampla, que tem o ex-guerrilheiro tupamaro José Mujica como candidato a presidente e o ex-ministro da Economia, Danilo Astori, como vice, lidera as pesquisas de intenção de voto, mas corre risco de perder se o pleito for para o segundo turno.
De acordo com uma pesquisa da Equipos Mori, realizada em junho, Mujica conta com 43% de aprovação, 5% a mais que no mesmo mês do ano passado. Por sua vez, o Partido Nacional, principal força de oposição, e que tem como candidato Luis Lacalle, soma 34% de intenção de voto, uma melhora de 3% em relação a junho de 2008.
Já o Partido Colorado, com Pedro Bordaberry como candidato oficial, registra apenas 12% de apoio popular. Para Doyneart, da Interconsult, uma definição em segundo turno não implica necessariamente uma derrota da Frente Ampla.
Contudo, ele adverte que se a coalizão não chegar a 47% de votos no primeiro turno, suas chances de eleger Mujica ''diminuem muito''. Nesse contexto, os analistas ressaltaram a importância dos eleitores do Partido Colorado, que podem decidir o resultado do pleito.