Honduras permanece isolada na comunidade internacional
Um ano depois do golpe de Estado que derrubou o governo do ex-presidente Manuel Zelaya, Honduras permanece isolada na comunidade internacional.
Publicado 28/06/2010 08:54
Com o país suspenso da Organização dos Estados Americanos (OEA), o atual presidente hondurenho, Porfirio “Pepe” Lobo, busca apoio político para obter a reintegração de Honduras e resgatar a confiança mundial.
A comunidade internacional acompanha o cumprimento de acordos externos e internos. Nos próximos dias, desembarca em Tegucigalpa (capital de Honduras) uma delegação da OEA para verificar a situação política no país, como a consolidação da democracia e o respeito às instituições vigentes. Na terça-feira (29) e quarta-feira (30), Lobo participa de uma série de reuniões do Sistema de Integração Latino-Americana (Sica).
Para analistas, a visita da comitiva da OEA e a participação de Lobo em reuniões internacionais sinalizam a possibilidade de aproximação e reintegração de Honduras na comunidade mundial.
Entretanto, o Brasil e a maioria dos países sul-americanos – Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela – não reconhecem o governo de Pepe Lobo. Para esses países, que integram a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Lobo deve assegurar uma série de garantias sobre o restabelecimento da ordem em Honduras.
As alternativas incluem a anistia de Zelaya e seus correligionários, demonstrações de que instituições públicas, como a Suprema Corte e o Congresso Nacional, são independentes e livres e a preservação dos direitos humanos.
Recentemente, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada às Nações Unidas, fez severas críticas a Honduras, informando que há denúncias de violação ao direito internacional no país. Lobo se defendeu afirmando que há setores interessados em desestabilizar o governo, mas não disse quais setores são esses.
Com Agência Brasil