Jô preside sessão pelos 30 anos da mulher na Marinha
“Ao comemorar os 30 anos da entrada das mulheres na Marinha, devemos reafirmar a necessidade de se definir e executar uma estratégia de defesa nacional que assegure ao País a soberania sobre seu extenso território. Fortalecer as Forças Armadas como instituição comprometida com a ordem democrática é indispensável para defender a soberania nacional”.
Publicado 13/07/2010 15:38 | Editado 04/03/2020 16:50

A declaração é da deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) presidente e idealizadora da sessão solene da Câmara, comemorativa do pioneirismo da Marinha Brasileira, que há 30 anos abriu seus quadros e suas unidades para o trabalho da mulher.
O evento, realizado nesta manhã (13), reuniu comandantes e demais representantes das Forças Armadas, seus familiares, parlamentares, convidados e lotou o plenário da Câmara dos Deputados. “Esta é uma das mais concorridas homenagens prestadas por esta Casa”, ressaltou o deputado Mauro Benevides (PMDB/CE), ao discursar.
Submarino nuclear
Em seu pronunciamento, Jô Moraes destacou as propostas de seu partido, o PCdoB, para o governo a ser eleito em outubro. “É preciso dotar o País de capacidade de dissuasão. Modernizar sua tecnologia e instrumentos de defesa, fortalecendo seu Programa Espacial e concretizando, entre outros, o projeto do Veículo Lançador de Satélites. Para a defesa do imenso litoral e da riqueza petrolífera — que ascende a novo patamar com o pré-sal — é indispensável concluir a construção do submarino de propulsão nuclear”.
A deputada explicou: “Essa consciência, a sociedade precisa ter. Este País vive da paz, alimenta a paz, mas este País não tem a ingenuidade, nem alimenta a ingenuidade, de que interesses outros, maiores, não podem alçar vôos e tentativas de chegar e acessar a nossa riqueza”
Ela também pontuou a necessidade da participação efetiva e decisiva do Parlamento e rejeitou qualquer contingenciamento de recursos das Forças Armadas: “É no cotidiano que demonstramos a consciência que esta Casa deve ter sobre a necessidade de reforçar nossos instrumentos de defesa nacional, sobretudo com a ampliação de seus recursos financeiros para efetivar os seus programas. Registro aqui que é fundamental compreendermos que não é possível que os parcos recursos que são destinados às Forças Armadas sejam contingenciados, porque defesa não se contingencia, defesa se estimula, se alimenta, se investe”.
Ousadia
A inserção das mulheres na Marinha teve uma característica ímpar. Segundo a deputada, é preciso levar em conta a conjuntura dos anos 80, quando 524 oficiais e praças assumiram seus postos, para perceber a ousadia da iniciativa. “Naquele tempo as mulheres lutavam, como ainda hoje, para que se criassem políticas públicas de apoio à mulher, contra a discriminação de gênero no trabalho, no poder, na intimidade dos seus lares; contra a ainda presente violência sexual e doméstica. Foi no início dos anos 80 que a luta emancipacionista criou seus primeiros equipamentos públicos como delegacias, conselhos até sua conquista maior que foi o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, no Governo do Presidente Lula”.
Entre os presentes à solenidade, o almirante-de-Esquadra, Júlio Soares de Moura Neto, Comandante da Marinha; o General-de-Brigada, Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, representando o Comandante do Exército; o general-de-Exército Enzo Martins Peri; Major-Brigadeiro-do-Ar, Louis Jackson Josuá Costa, representando o Comandante da Aeronáutica Tenente-Brigadeiro-do-Ar, Juniti Saito.
Acesse – www.jomoraes.com.br e leia na integra a fala da deputada