Protógenes e Adib conseguem a impugnação de Maluf no TRE-SP

O julgamento da candidatura do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) começou às 16h20 no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo com a manifestação do advogado Adib Abdouni, que apresentou uma impugnação ao registro de Maluf, com base na Lei da Ficha Limpa. Além de advogar, Adib disputa uma vaga na Assembleia Legislativa pelo PCdoB.

Adib, que também defende o delegado Protógenes Queiroz (PCdoB), candidato a deputado federal, fez uma comparação entre os dois: "é a caça e o caçador".

Na última sexta-feira (20/8), o juiz do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo Mário Devienne Ferraz suspendeu a propaganda de Protógenes a pedido de Maluf. A propaganda mostrava a prisão de Maluf em 2005, que aconteceu durante uma investigação conduzida pelo delegado da Polícia Federal.

Ficha Limpa

Maluf foi impugnado pela lei aprovada neste ano, que considera "fichas-sujas" os políticos condenados por órgãos colegiados da Justiça, em geral cortes estaduais.

O candidato teve impugnação motivada pela condenação no Tribunal de Justiça de São Paulo da suposta participação em uma compra de frangos superfaturada pela Prefeitura de São Paulo. Ele responde a quatro procedimentos criminais no STF –um inquérito e três ações penais.

O mais antigo deles, a ação penal 458, começou na Justiça de São Paulo em 2001 e poucos se arriscam a dizer quando será concluído.

Refere-se à acusação do Ministério Público de São Paulo de que Maluf, à frente da prefeitura paulistana (1993-1996), fraudou o orçamento para gastar mais no seu último de governo, deixando para o seu sucessor um rombo de R$ 1,2 bilhão.

Os outros casos tiveram origem em investigações do Ministério Público que apontaram desvios de recursos públicos da construção do túnel Ayrton Senna e da avenida Roberto Marinho.

Um deles levou à prisão preventiva de Maluf por 40 dias em 2005.

Da redação, com informações Folha de S.Paulo