Ramon Alves: Às ruas pelo Brasil

Até o dia 31 de outubro, em regra, não há nada mais importante no Brasil do que conquistar corações e mentes para a vitória de Dilma Roussef à presidência da República. O horizonte apresenta países antagônicos na disputa eleitoral e a decisão que emanará das urnas no último domingo deste mês vai interferir decididamente na vida dos milhões de brasileiros e brasileiras. Por Ramon Alves

Nós temos, como diria a sabedoria popular, a faca e o queijo. Somos protagonistas de um Brasil que vem mudando a vida da maioria do nosso povo, distribuindo renda e elevando a participação das pessoas na decisões políticas.

Durante anos, fomos levados a acreditar que o país estava fadado a crescimentos medíocres e que conviveríamos com parcelas expressivas de brasileiros condenados ao desemprego e à falta de oportunidades. As instituições educacionais passaram por reformas, durante a década de 90, que minaram as perspectivas de ascensão da nossa juventude. Somente 1% ingressava num ensino superior marcado pela baixa qualidade. Era tema recorrente a estrutura defasada oferecida pelas instituições de ensino superior.

Nunca se matou tanto entre os jovens brasileiros durante a gestão de Fernando Henrique e José Serra. Uma guerra silenciosa que só não matava mais do que na Colômbia e em Porto Rico. A esse segmento não se criou qualquer política pública.

As empresas estatais na gestão do PSDB acumularam problemas e manchetes nos noticiários do país. Quantas vezes assistimos a vazamentos de petróleo nas refinarias das Petrobrás até 2002? As manchetes dos jornalões, orquestradas contra o patrimônio do Brasil, auxiliou nas privatizações das principais estatais e já estava a postos para vender a Petrobras, a qual o PSDB tentou mudar o nome para Petrobrax. A própria telefonia, propalada por eles aos quatro ventos como um modelo de sucesso, foi privatizada por um valor irrisório diante das oportunidades e tendências de crescimento do setor.

O PSDB não tem moral para falar de ética. Indicado pelo presidente da República, o Procurador Geral, na época de FHC, ficou conhecido como Engavetador Geral por impedir que investigações fossem feitas sobre o governo tucano. O PSDB e aliados, como o DEM, impediram e vêm impedindo que uma reforma política democrática altere a estrutura conservadora do sistema político brasileiro.

Essa gente conduziu o Brasil por séculos e montou um Estado para si, à sua imagem e semelhança. Esse é o Estado que permitiu que o Brasil, embora repleto de riquezas e oportunidades, tenha se tornado um dos países mais desiguais e injustos do mundo. É esse o Brasil que queremos que fique cada vez mais como lembrança do passado.

O Brasil que queremos ver seguir em frente é o que vem superando das manchetes os índices elevados de desemprego, de violência, da falta de oportunidades educacionais. É o Brasil que vem incluindo seus filhos, criando oportunidades para que todos possam viver dignamente. É o Brasil do respeito, da autoestima, da união. Nenhuma das mil caras de José Serra escondem seu ódio pelo povo mais pobre, provocando divisões que nunca existiram entre o povo brasileiro.

O dia 31 de outubro decidirá se a vida da maioria do país continuará a melhorar ou se voltará ao passado, acompanhada de toda a carga de ódio carregada pela elite ao longo dos últimos 8 anos. Não podemos vacilar. Às ruas conquistar a vitória. Todos por Dilma, todos pelo Brasil.

 

* Diretor Estadual de Organização da UJS e Servidor Público.