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Em coluna, Dilma fala do programa Água para Todos no sertão

A coluna “Conversa com a Presidenta”, publicada em cerca de 190 jornais e revistas nesta terça-feira (23), aborda temas como a campanha educativa no trânsito, o programa “Água para Todos” e a educação de jovens e adultos.

A primeira pergunta respondida pela presidente Dilma Rousseff foi formulada pela engenheira Sandrine Rebouças da Silva, moradora de Aracaju (SE). Segundo ela, “é triste ver as estatísticas no trânsito brasileiro”. Sandrine disse também que tem se deparado com o fato de que “muitos morrem por estarem sem cinto de segurança” e indaga se o governo pode fazer campanha educativa.

“Sandrine, o governo tem feito campanhas frequentes para informar e conscientizar a população. Foi o caso da que realizamos na Semana Nacional de Trânsito de 2010, abordando especificamente o uso de cinto de segurança e de cadeirinha. No feriado de Corpus Christi deste ano, fizemos uma campanha que resultou na redução de 35% de mortes em relação ao feriado do ano passado, mesmo com a frota de veículos tendo crescido 9,3% no período. É claro que os índices de acidentes ainda não são aceitáveis, mas nós estamos revertendo esse quadro.”

A presidente lembrou a campanha de férias do governo veiculada no mês passado: “Nas férias de julho, lançamos a campanha Pare, Pense, Mude, veiculada em tevês, rádios, revistas, no mobiliário urbano, em painéis, taxidoor, internet e mídias alternativas, entre outros meios. Estamos trabalhando em parceria com sindicatos de motoristas, de motociclistas, auto-escolas, montadoras de automóveis e de motocicletas, seguradoras, numa verdadeira cruzada contra os acidentes e mortes no trânsito. Estas iniciativas são parte do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes de Trânsito (Parada), que vai permitir o cumprimento da meta firmada com a Organização Mundial da Saúde: reduzir em até 50% o número de mortes causadas pelos acidentes de trânsito nos próximos 10 anos.”

Água para Todos

De Petrolina (PE), o aposentado Ricardo Heleno Justus perguntou se com o programa Água para Todos, “a água efetivamente virá para o nosso sertão”. Dilma foi enfática ao responder positivamente: “Posso assegurar a você que sim”. Segundo ela, “o acesso à água é um direito sagrado de todos os cidadãos”. Assim, “o programa Água para Todos, que lançamos no mês passado, vai garantir esse direito às famílias em situação de extrema pobreza que vivem no semiárido nordestino”.

“E o programa já está sendo implementado. Para este ano, planejamos a construção de 367 mil cisternas, sendo que 140 mil já estão contratadas. Nossa meta é completar a construção de 750 mil cisternas e seis mil sistemas simplificados de abastecimento para o consumo humano até 2014, garantindo acesso a água limpa à população do semiárido. Para a produção agrícola e pecuária, vamos implantar 150 mil cisternas de produção, 20 mil pequenos sistemas de irrigação e 3 mil barragens de água pluvial.”

A presidente disse acreditar que “o Água para Todos vai repetir o sucesso do Luz para Todos, que está promovendo uma verdadeira revolução no campo, ao trazer 2,8 milhões de famílias das trevas do século 19 para a modernidade do século 21″. E prosseguiu: “Mas a garantia de acesso a água virá também de outros investimentos que estamos fazendo no Nordeste, como a integração da Bacia do São Francisco, construção de adutoras, açudes, canais de irrigação e sistemas urbanos de abastecimento de água. Este conjunto de intervenções garantirá a tão sonhada segurança hídrica no Nordeste.”

Educação de jovens e adultos

Moradora em Belém, a educadora Luciene Cavalcante indagou sobre a política do governo federal para a educação de jovens e adultos. De pronto, a presidente Dilma garantiu que o governo se mantém “comprometido com a educação de jovens e adultos, porque garantir acesso à educação é indispensável ao exercício pleno da cidadania”.

“Nos últimos anos, foram ampliados consideravelmente os investimentos nessa área. Desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos, é desenvolvido em todo o território nacional. A prioridade é para 1.928 municípios que apresentam as mais altas taxas de analfabetismo. As prefeituras recebem apoio técnico para a implementação do programa. O Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino para os níveis fundamental e médio, sobretudo da rede pública, para os que não concluíram os cursos da educação básica na idade apropriada. O EJA foi incluído no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o que viabiliza a melhoria da qualidade do ensino pelos estados e municípios. Instituímos também o Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (PNLDEJA), que distribui livros didáticos para as turmas de alfabetização do PBA e da modalidade EJA.”

Ela informou que o Ministério da Educação está elaborando um novo programa de educação no campo, que terá um olhar especial para a educação de jovens e adultos e para o problema do analfabetismo. Com esta nova ação, explicou, “vamos acelerar o enfrentamento do desafio de garantir acesso à educação para jovens e adultos brasileiros”.

Fonte: Blog do Planalto