Venezuela denuncia planos dos EUA para justificar agressão
Os Estados Unidos preparam, com suas acusações, um expediente contra Venezuela que lhe permita justificar ante o mundo uma intervenção estrangeira, denunciou nesta terça-feira (13) o presidente da Comissão de Política Exterior do Parlamento, Saúl Ortega.
Publicado 13/09/2011 21:50
Para o deputado socialista, as sanções anunciadas na semana passada pelo Departamento do Tesouro constituem o mais recente capítulo da postura de Washington.
Acusar quatro integrantes do governo venezuelano de vínculos com o narcotráfico é gerar uma matriz internacional para deslegitimar ao Estado Venezuelano, opinou durante sua participação em um programa do canal Televen.
Washington informou, há cinco dias, a inclusão em uma de suas listas – de países e pessoas sancionadas – do general Clíver Alcalá, do deputado Freddy Bernal, do político Amilcar Figueroa e do oficial de inteligência Ramón Madriz.
O propósito disso é claro: estão montando um expediente, com a cumplicidade de políticos opositores venezuelanos e meios de comunicação, para desprestigiar-nos e nos isolar; um contexto que possa servir no futuro para justificar uma operação militar como a que fizeram na Líbia, ressaltou Ortega.
Na segunda-feira (12) a Assembleia Nacional rechaçou as medidas anunciadas pelos Estados Unidos, considerando-as unilaterais e violadoras do Direito Internacional, postura similar à já fixada pelo presidente Hugo Chávez e pelo chanceler Nicolás Maduro.
A propósito do tema, Prensa Latina conversou no Parlamento com o deputado Pedro Carreño, que classificou as sanções de Washington em suas crises internas: "Os Estados Unidos e as potências europeias sofrem crise, e uma das saídas para eles é se apoderar dos recursos dos povos, é importante colocar no contexto todas suas agressões", analisou.
De acordo com o deputado e ex-ministro de Interior e Justiça, a Venezuela é um país muito atraente nesses propósitos, por sua riqueza energética (a maior reserva mundial de petróleo, com 296 mil 500 milhões de barris).
À margem de qualquer comentário sobre as sanções unilaterais e as possibilidades de acesso ao mar que caracterizam os Estados Unidos, devemos deixar claro que carece de moral para apontar a outros, quando tem milhões de consumidores e é o maior produtor de maconha, concluiu Ortega.
Fonte: Prensa Latina