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Um ano depois, polícia do Equador se desculpa por levante

O Alto Comando da Polícia Nacional do Equador pediu desculpas à população, nesta quinta-feira (29), pela revolta que deu origem à tentativa de golpe no país andino. O levante policial deixou um saldo de 10 mortos e mais de 300 feridos, além do seqüestro do presidente do país, Rafael Correa.

"Em nome do meu povo, de meus oficiais, peço desculpas pelo que aconteceu naquele fatídico dia", disse o comandante do Distrito Metropolitano de Quito, Juan Carlos Rueda, que assumiu a responsabilidade pelo que aconteceu em 30 de setembro de 2010.

Rueda fez as declarações em um discurso emocionado às suas bases. O comandante aproveitou a oportunidade para pedir desculpas públicas às famílias dos mortos e agredidos pels uniformizados.

"Ao GIR (Grupo de Intervenção e Resgate), ao GOE (Grupo de Operações Especiais), pedimos perdão pelo sofrimento causado", disse ele.

Rueda disse que os rumores levaram a uma das páginas mais negras da história da instituição."A maledicência dos ruins corrompeu a verdade e a disciplina", disse ele.

Após as declarações de Rueda, o comandante-geral da Polícia, Patrício Franco, acrescentou que o compromisso da força policial está na segurança pública e na honra de servir à disciplina.

"Ser um policial no Equador é ser capaz de dizer 'me equivoquei' e se propor a não cometer o mesmo erro", disse ele.

Oposição se recusa a discutir

A oposição legislativa, na Assembleia Nacional do Equador, abandonou o plenário ante a possibilidade de discutir a resolução para estudar os fatos de 30 de setembro. Esta é a quarta vez que a oposição política deixa sem quóum a sessão .

O presidente da Casa, Fernando Cordero, teve que adiar a sessão 125 e explicou que, embora não exista um só elemento para não discutir as ações da tentativa de golpe, a falta de legisladores impossibilitou a discussão.

Fonte: Telesur