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Bolívia não permitirá retorno de agentes antidrogas dos EUA

O governo da Bolívia informou que não permitirá o regresso de agentes antidrogas dos EUA ao país, embora as autoridades discutam atualmente com o governo norte-americano um plano para o combate ao narcotráfico.

A Bolívia e os EUA decidiram neste mês acertar suas divergências e restaurar relações diplomáticas plenas, três anos depois de o governo de Evo Morales expulsar do país o embaixador norte-americano e os representantes do DEA (agência antidrogas dos EUA),  acusados de ingerência em assuntos internos.

Como parte do novo acordo, a Bolívia se comprometeu a colaborar no combate à produção e tráfico de drogas, mas o ministro de Governo, Wilfredo Chávez, disse que os agentes do DEA não poderão voltar.

"O DEA não vai voltar, por causa do efeito que eles tiveram no país, pelo papel que desempenharam", disse Chávez ao apresentar em linhas gerais um plano antidrogas que está sendo negociado com o Brasil e os EUA.

Morales já acusou repetidamente o DEA de conspirar com a oposição direitista local. O DEA "não lutava contra o narcotráfico, mas controlava o narcotráfico com fins políticos, fins geopolíticos. Isso acabou e acabou para sempre", afirmou Morales no último dia 14.

"Depois de superar diferenças, retomamos nossas relações diplomáticas com os Estados Unidos. Mas isso não significa que as regras americanas mandarão aqui como antes. Agora, para qualquer norte-americano, serve a nossa Constituição, nossas leis", disse o presidente, na ocasião.

Wilfredo Chávez minimizou a abrangência do plano sob discussão, dizendo que ele tem um "foco muito mais operacional" e incluirá o monitoramento digital das plantações de coca. O acordo deveria ser firmado na semana passada, mas Chávez disse que a Bolívia pediu revisões de última hora para assegurar o "controle absoluto e total" da luta antidrogas no seu território.

Com agências