Obama lidera disputa em estados-chave, indica pesquisa

Barack Obama está liderando a disputa eleitoral para a presidência dos Estados Unidos em Ohio, Flórida e Pensilvânia, mas com poucos pontos de distância do candidato republicano Mitt Romney, informou uma pesquisa conduzida pela Universidade Quinnipiac, pelo jornal New York Times e pela rede CBS News.

Por tratar dos “swing states” (estados no qual a determinação partidária não é bem definida), a nova sondagem oferece um bom parâmetro dos resultados da campanha desenvolvida pelos dois candidatos até este mês e indica no que cada um deve investir nos próximos meses. Há mais de 50 anos que nenhum candidato à presidência dos Estados Unidos foi eleito sem vencer em pelo menos dois desses três estados.

Obama, que venceu nos três estados nas últimas eleições presidenciais, mantém uma margem de vantagem apertada sob Romney na Florida (4%) e em Ohio (6%), onde aparece, respectivamente, com 51% dos votos contra 45% e 50% contra 44%. Sua situação é mais favorável na Pensilvânia, onde o partido democrata venceu nas eleições presidenciais das últimas duas décadas. Nas previsões das eleições de outubro, Obama possui 53% contra 42% do republicano.

A pesquisa aponta, no entanto, que este resultado é muito incerto e pode ser revertido nos próximos três meses de campanha. Pois, em cada estado, 4% dos entrevistados disseram que estão indecisos entre ambos os candidatos e 10% afirmaram que podem mudar seu voto. Além disso, a sondagem admite uma margem de erro de até 3 pontos, o que faz grande diferença na Flórida, por exemplo.

Para os 3,5 mil eleitores entrevistados, o ponto mais fraco de Obama é sua política econômica, avaliada negativamente por cerca de 40% das pessoas. Além disso, em cada estado, 38% dos entrevistados acreditam que caso o democrata seja reeleito, suas medidas terão consequências negativas em suas situações financeiras.

Apesar disso, o grande investimento de Obama em propagandas eleitorais para mudar a opinião pública acerca das medidas adotadas para a economia norte-americana parece ter surtido algum efeito nos entrevistados. Mais da metade dos eleitores abordados em cada estado disse que as ações da Casa Branca estão melhorando a economia paulatinamente ou vão melhorar, se tiverem mais tempo para tal.

Por outro lado, muitos eleitores duvidam da capacidade de Romney de realizar políticas públicas para a economia, tendo em vista que toda sua experiência foi como empresário de uma companhia privada. “Ele fazia negócio para lucrar. Não tem nada de errado com isso, mas como isso pode ajudar o país? Eu sinto que Obama precisa de mais quatro anos”, disse ao New York Times Peg Pagano, uma aposentada de 72 anos da Pensilvânia.

O candidato democrata também se mostrou mais popular entre as mulheres de todos os três estados do que Romney, que é vitorioso apenas entre a população masculina de Ohio. Na Pensilvânia e em Ohio, 6 em cada 10 mulheres votam em Obama e na Flórida, cerca de 50% o apoiam.

A pesquisa entrevistou por telefone 1177 possíveis eleitores na Flórida, 1193 em Ohio e 1168 na Pensilvania, de 24 de junho a 30 de julho e foi divulgada nesta quarta-feira (01/08) na mídia norte-americana. Seus resultados, entretanto, não podem ser comparados com o de outras sondagens por abordar apenas pessoas com grande probabilidade de comparecerem às urnas em outubro e não eleitores registrados.

Fonte: Opera Mundi