Em greve de fome, Mapuches exigem recuperação de terras

Nesta segunda-feira (1) os quatro presos mapuches em greve de fome na Araucania chilena fizeram um chamado à essa comunidade indígena para recuperarem seus territórios, em mãos de empresas multinacionais e latifundiários.

Em comunicado agradeceram as manifestações de apoio dos Mapuches em diferentes regiões do país, que também "têm compartilhado conosco a violência que, a perseguição e também a detenção”

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Além disso, destacam os desejos da comunidade indígena de derrotar um Estado injusto que não quer solucionar os problemas de fundo que dos indígenas Mapuche e que só reduz a dinheiro suas necessidades de existência como povo e nação livre.

Com a greve de fome, os réus também exigem a desmilitarização imediata do território Mapuche, o fim de torturas a crianças, mulheres e idosos nas ocupações de suas comunidades e liberdade a todos os presos políticos.

Após mais de um mês sem ingerirem alimentos, os réus prometem que continuarão lutando apesar da prisão e de que seus corpos começam a se debilitar.

"Aprendemos que vale mais a pena perder a vida em uma luta estando dignamente de pé do que nos resignarmos a uma morte de joelhos por medo de lutar pelo que acreditamos e amamos: a terra", destaca o texto.

Erick Montoya, Rodrigo Montoya, Paulino Levipan e Daniel Levinao permanecem encarceirados no presídio de Angol e exigem que a Corte Suprema de Justiça reveja suas condenações.

Os dois últimos foram sentenciados no último mês de agosto a 10 anos e em um dia de prisão pelo delito de homicídio frustrado a um policial em serviço e a 541 dias de presídio por porte ilegal de arma de fogo.

Além da revisão de suas condenações pela Corte Suprema e da anulação de suas condenações, com sua greve de fome os réus exigem que não haja mais testemunhas protegidas e o fim das montagens político- judiciais contra os indígenas.

Fonte: Prensa Latina