Maduro denuncia plano da direita para manchar Venezuela de sangue
Um mar vermelho voltou a tomar as ruas de Caracas nesta quinta-feira (10). Unidas pela confiança e respaldo à Constituição venezuelana, milhares de pessoas, lideradas pelo vice-presidente do país, Nicolás Maduro, juraram lealdade à Revolução Bolivariana conduzida pelo presidente Hugo Chávez. Durante o ato, Maduro denunciou que há um plano da direita para desestabilizar o país e “manchar de sangue as ruas venezuelanas”.
Publicado 10/01/2013 23:57

“Há um plano de setores da direita para provocar mortes e encher de sangue as ruas da Venezuela em manifestações que dizem que farão, como espécie de piquetes e sabotagem. Eles estão tentando manchar a vida política e a vitória que este povo está conquistando”, denunciou o vice-presidente durante seu discurso no ato que reuniu mais de 20 líderes de diversos países latino-americanos em respaldo a Chávez.
Leia também:
Milhares de pessoas nas ruas: povo toma posse por Chávez
Chávez somos todos: líderes latinos se unem ao povo venezuelano
Correa: América Latina permanecerá solidária com a Venezuela
Também pediu que estes setores oposicionistas reflitam antes de praticar tais atos para evitar panoramas de violência nas ruas e enfatizou que “aqui existe liberdade de expressão para se manifestar por meio de vias pacíficas, mas em nenhum momento permitirei caos nas ruas da Venezuela”.
Neste sentido, convocou todos a acatarem o que decidiu o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), segundo o qual Chávez pode fazer o juramento do novo mandato quando terminar seu tratamento em Havana. “Todo mundo tem que dizer ‘santa palavra’ quando o máximo tribunal do país dita a sentença”, reiterou Maduro.
Mídia manipula situação de Chávez
Outro alerta feito pelo vice-presidente é o de que a direita e seus meios de comunicação pretendem, tanto no nível nacional, quanto internacional, manipular as circunstâncias da operação e recuperação de Chávez para desestabilizar o país.
“Na imprensa mundial mentem todos os dias sobre a realidade da Revolução Bolivariana. Passaram-se 30 dias desde a operação do comandante Hugo Chávez e ele se encontra neste momento, como vocês sabem, na batalha. Daqui lhe dizemos: ‘fique tranquilo, continue sua batalha, que aqui há um governo e um povo bolivariano, revolucionário te respaldando e uma Força Armada Nacional Bolivariana firme’”, exclamou Maduro.
Solidariedade internacional
Diante dos diversos presidentes e líderes de diferentes países latino-americanos, Maduro agradeceu aos “povos irmãos pelo compromisso renovado com a Revolução Bolivariana, com a união, libertação e independência da América Latina e do Caribe”.
“A realização do sonho de nossos libertadores, a independência, a união verdadeira de nossos povos, essas são algumas das grandes conquistas do comandante-em-chefe Hugo Chávez Frías". E lembrou do papel protagonista desempenhado pelo mandatário na criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em dezembro de 2011: “Há apenas 13 meses estavam em Caracas os 33 chefes de Estado e de governo da América Latina tomando uma decisão transcendental e fundando a Celac”.
O também chanceler do país lembrou a coragem de Chávez que organizou e participou do encontro poucos meses depois de ter se submetido a uma cirurgia. “Que orgulho sentimos quando vimos este comandante que havia lutado para abrir as portas da integração, e que apenas algumas semanas antes havia saído de um tratamento longo e intenso.”
Aproveitou para destacar também a união interna: “Esta revolução tem seus motores ligados, nosso povo está mais unido do que nunca, a força armada está firme com o socialismo e a revolução”, acrescentou.
Durante a manifestação, a Força Armada mais uma vez reiterou o comprometimento com a revolução e a fidelidade a Chávez. Gesto ovacionado pela multidão.
Povo jura fidelidade
O ato foi encerrado com o juramento dos milhares de venezuelanos que, com os braços direitos erguidos, repetiram as palavras ditadas por Maduro e, perante a Constituição, juraram levar adiante o programa da Pátria para o período de 2013 a 2019 e defender a presidência de Chávez nas ruas.
“Juro que defenderei esta Constituição, nossa democracia popular, nossa independência e o direito de construir o Socialismo em nossa Pátria.
Juro que me comprometo a levar adiante o Programa da Pátria, em cada bairro, em cada fábrica, em cada escola, em cada esquina, em cada praça, em cada família.
Juro pela Constituição Bolivariana que defenderei a presidência do comandante Chávez nas ruas, com a razão, com a verdade e com a força e a inteligência de um povo que se libertou do jugo da burguesia.
Aqui em Caracas, hoje 10 de janeiro, dizemos ao Comandante Chávez, recupere-se que este povo jurou e vai cumprir lealdade absoluta.
Que Viva Chávez! Que vivam os povos do mundo! Que viva a Revolução Bolivariana!
Até a vitória para sempre! Independência e Pátria Socialista! Avante Compatriotas!
Eu juro!”.
Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva, com Agência Venezuelana de Notícias