BA: Sem acordo, vigilantes decidem manter a greve
A greve dos vigilantes na Bahia, iniciada na última terça-feira (26/2), já dura quatro dias e ainda não há previsão de fim. Pelo menos é o que informa o diretor de imprensa do Sindicato dos Vigilantes do Estado (Sindvigilantes-BA), Paulo Brito, que participou de uma reunião com o patronato no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/BA), na última quinta-feira (28).
Publicado 01/03/2013 09:52 | Editado 04/03/2020 16:17
No encontro das partes, os trabalhadores reforçaram a exigência do movimento, que é o pagamento de um adicional de periculosidade de 30% ao salário, direito previsto em lei desde dezembro passado. O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado (Sindesp-BA) não concorda com o pagamento imediato porque a lei ainda não foi regulamentada na Bahia.
Segundo Brito, a categoria chegou a apresentar propostas para que houvesse uma conciliação, como a extinção do retroativo, mas elas foram negadas pelo patronato. “Não houve acordo. Até colocamos alternativas na mesa para que tudo se resolvesse ali, mas eles não aceitaram. Por isso, a greve continua”, reforça.
Diante da falta de entendimento, o caso será julgado na próxima quinta-feira (1/3).
Atualmente, o adicional de periculosidade pago os vigilantes baianos é de 18%, percentual antigo. “O novo valor de 30% já é pago em 14 estados e a Bahia que está resistindo a conceder esse aumento que já vale desde dezembro”.
Na Bahia, a greve é sentida, principalmente, com a falta de funcionamento dos bancos. No entanto, mesmo com a paralisação, algumas agências insistem em abrir as portas. O Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA) emitiu nota denunciando a atitude e anuncia recorrer à Justiça.
“Diante do absurdo, o SBBA está buscando todos os instrumentos legais para denunciar a atitude de todas as organizações financeiras que insistirem a abrir. A irresponsabilidade coloca em risco a vida dos bancários e dos clientes”, diz a nota.
O SBBA informa, ainda, que a lei federal de nº 7.102/83 determina que as agências só podem prestar o atendimento se, na unidade, houver pelo menos dois vigilantes.
De Salvador,
Erikson Walla