Exército sírio tenta reaver cidade ocupada por terroristas

Cerca de 10 mil efetivos do Exército Árabe Sírio procuram reforçar o cerco da cidade de Raqqa, nesta terça-feira (5) depois de sua queda na segunda (4) nas mãos de bandos armados, informou uma fonte próxima ao comando militar.

Milhares de combatentes e grande quantidade de tanques e veículos blindados rodeiam a cidade no centro do país, a 540 quilômetros a nordeste de Damasco, informou a Prensa Latina.

Nas últimas horas foram realizados vários bombardeios com aviação e artilharia contra redutos dos terroristas e bandos armados, o que causou a morte de um número indeterminado deles, afirmou a mesma fonte ao citar relatórios preliminares de testemunhas.

A comunicação com a cidade está cortada, o que dificulta saber com maior precisão o que acontece sobre o terreno, agregou.

Também circulam boatos que o governador do território, Hassan Yalili, e o secretário geral do partido Baaz da cidade, Suleiman al Suleiman, foram capturados pelos terroristas.

Na segunda-feira, milhares de mercenários, sobretudo da chamado Frente al Nusra, filial da rede Al-Qaida na Síria, atacaram a cidade e tomaram controle quase total, enquanto persistem focos de resistência na sede dos serviços de inteligência militar, sublinhou.

As primeiras informações faziam referência ao saque e destruição do museu, o que foi desmentido nesta terça-feira por Maamoun Abdulkarim, diretor geral de Antiguidades e Museus.

Os terroristas teriam se comprometido a respeitar o lugar, que está sendo preservado por trabalhadores dessa instalação e comitês de segurança populares, assegurou.

Imagens publicadas nas redes sociais mostram os terroristas derrubando uma estátua do ex-presidente e pai do atual presidente, Hafez Al-Assad, à semelhança da dramatização que o governo americano conduziu em uma praça de Bagdá em 2003, na invasão dos Estados Unidos e da OTAN àquele país.

Raqqa é habitada por dois milhões de pessoas, dos quais 1,5 milhões são famílias deslocadas pelo conflito nas cidades de Deir Ezzor e Alepo.

A cidade tinha se mantido à margem das hostilidades e sem manifestações durante os cerca de dois anos que já duram os confrontos entre o governo e bandos armados, mercenários e terroristas que procuram a derrubada de Bashar al-Assad.

Com informações da Prensa Latina