Farc pedem que governo pare de estigmatizar Zonas de Reserva

A delegação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nos Diálogos de Paz exortou, nesta sexta-feira (15), o governo de Juan Manuel Santos para parar com a “estigmatização e perseguição pertinente” contra as Zonas de Reserva Camponesa.

Rubén Zamora - Farc

No Palácio de Convenções de Havana (Cuba), sede permanente dos diálogos, o insurgente Rubén Zamora leu um comunicado onde as Farc destacam que a Zona de Reserva Camponesa é um avanço para a paz.

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A guerrilha frisou que o governo colombiano também o considere como “uma avanço para a paz. Seu reconhecimento pleno deve desempenhar um papel fundamental na definição de uma transformação agrária”. As Farc destacaram que “opositores e defensores do processo de diálogo de paz colocam em evidencia que dentro do governo existem inimigos da justiça social e da reconciliação”

Disseram que essas pessoas buscam “garantir no campo verdadeiras aldeias estratégicas de confinamento e consolidação militarista para prosseguir o confronto e beneficiar a estrangeirização” dos territórios.

No texto, a insurgência faz menção ao titular de Defesa, Juan Carlos Pinzón, por impor seu próprio ordenamento territorial em função de uma definição belicista do conflito, que converte as áreas camponesas “em aldeias de consolidação estratégica”.

No entanto, “o ministro de Agricultura, Juan Camilo Restrepo, envolve plenamente a população rural no confronto bélico ao suscitar suspeitas criminosas, demonizar aos camponeses ao insinuar suas formas organizativas como ameaça para a pátria”.

Rubén Zamora sublinhou que quem questiona as Farc por propor que se permita o acesso e o uso adequada a nove milhões de hectares para os camponeses através de novas Zonas de Reserva, passam por alto que esta figura foi uma criação do mesmo Estado.

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Fonte: TeleSur