Colômbia deve pedir perdão para família de líder assassinado
O Conselho de Estado da Colômbia ordenou nesta quarta-feira (20) para a nação indenizar com mais de 500 milhões de pesos (79 mil 392 dólares) e pedir perdão para os familiares de Julio Alfonso Poveda, um dos fundadores do movimento político União Patriótica (UP), assassinado há 14 anos.
Publicado 20/03/2013 19:14
A justiça ordenou que o Estado peça perdão em uma ceremônia pública e envie cópias desta sentença para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Além disso, exigiu esclarecimentos sobre o crime.
Esta instância analisa uma demanda contra o Estado pelos mais de dois mil militantes desta organização que foram assassinados desde meados dos anos 1980. Para os magistrados é necessário conhecer as circunstâncias do crime, mediante recursos que permitam investigar, julgar e condenar os responsáveis e garantir a luta contra a impunidade.
Por estes atos, as autoridades investigaram Eduardo Enrique Corena e Temilda Rosa Martínez, que tinham estreita relação com paramilitares e haviam contatado o líder da UP dias antes de sua morte. O caso de Julio Alfonso Poveda continua aberto, como muitos outros e ainda não tem condenações.
O caso
Poveda foi assassinado em 17 de fevereiro de 1999, quando se deslocava em seu carro pela avenida Primeiro de Maio, ao sul de Bogota. Três matadores dispararam contra o veículo. Sua militância política – foi membro do Partido Comunista e dirigia um sindicato agrário – gerou ameaças e intimidações.
“Embora demostrou-se que a morte foi por causa de um terceiro e que não participaram do crime servidores públicos ou membros das Forças Militares o fato é imputável ao Ministério da Defesa e do extinto Departamento Administrativo de Segurança (Das) por não prestar a proteção que requeria”, diz a sentença.
O DAS alegou no processo que a vítima não comunicou a magnitude dos riscos que estava submetido.
Fonte: TeleSur