Farc e governo da Colômbia concluem 6º ciclo de diálogos 

 As recentes expressões otimistas das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) suscitam expectativas sobre a chegada a acordos no sexto ciclo de diálogos de paz que se conclui nesta quinta-feira (21) em Havana, capital de Cuba.

Antes de iniciar as conversações, na véspera, o integrante da delegação das Farc Jesús Santrich afirmou que conseguiram uma construção bastante grande de aproximações, que supera as cinco páginas alcançadas no ciclo anterior.

Um dia antes, o chefe da equipe Iván Márquez havia sugerido a possibilidade de chegar a acordos no tema do desenvolvimento agrário, o que centrou as conversações desde o seu início no dia 19 de novembro, com Cuba e Noruega como garantes.

A agenda que guia as conversações inclui outros cinco pontos: as garantias para a participação política, no final do conflito armado, a solução ao problema das drogas ilícitas, os direitos das vítimas e os mecanismos de verificação e referendo do acordado na mesa.

O comunicado da guerrilha divulgado nesta quarta-feira (20) por Santrich sustentou que a Colômbia requer profundas transformações políticas e sociais para superar a marcada desigualdade dominante, causa essencial do enfrentamento armado.

Jesús Santrich disse que apenas o cessar da violência armada não é sinal de paz, mas que a “paz também é fruto da justiça.” Fez também um apelo para que se escute o povo colombiano como premissa fundamental da construção da paz, para que exista consonância entre a mesa de negociação em Havana e as ações que desenvolve o governo de Juan Manuel Santos.

Com Prensa Latina