Dia Nacional de Luta leva milhares de norte-rio-grandenses àsruas

 

No Rio Grande do Norte, o Dia Nacional de Luta promovido pelas centrais sindicais e por diversas entidades representativas de diferentes segmentos sociais foi marcado pela retomada de grandes mobilizações de rua. Em Natal, sob permanente ameaça de chuva, e com apenas 30% da frota de ônibus em circulação, a manifestação foi considerada pelos organizadores como plenamente vitoriosa.

Por volta das 11 horas, segundo estimativas divulgadas pela Polícia Militar, pelo menos 10 mil pessoas estavam concentradas nas imediações da “Arena das Dunas” – estádio que está sendo construído para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. O local foi ponto de convergência para diversas passeatas, protagonizadas por várias categorias, a exemplo dos trabalhadores petroleiros e dos rurais sem-terra.
 

Da Arena, já em maior número, os manifestantes ocuparam a BR-101, e seguiram em direção da zona sul da cidade, para o bairro de Ponta Negra. A polícia esteve presente em todo o trajeto e o clima foi de tranquilidade e respeito à liberdade de manifestação e expressão, tanto fora quanto dentro da manifestação. Não foram registrados atos de vandalismo.

Em Mossoró, segunda maior cidade do Estado, estima-se que duas mil pessoas tenham participado da mobilização. Trabalhadores de várias categorias reuniram-se em frente ao Teatro Dix-Huit Rosado, a partir das 9 horas, e seguiram em caminhada até a Praça do Pax, fazendo uma parada em frente à Prefeitura. A maioria dos presentes foi composta de servidores da Saúde, Educação e das universidades. Além das bandeiras gerais do movimento, os trabalhadores petroleiros presentes reivindicaram a retomada dos investimentos da Petrobrás na região.

Organizadas pelas centrais sindicais e movimentos sociais, as mobilizações e protestos realizados hoje têm uma pauta definida e um objetivo claro: abrir a negociação com o Governo Federal e o Congresso Nacional em torno de bandeiras de interesse da classe trabalhadora: destinação de 10% do orçamento da União para a Saúde Pública; 10% do PIB para a Educação; reforma política com plebiscito popular; fim do fator previdenciário; reforma agrária; redução da jornada de trabalho sem redução de salários; valorização das aposentadorias; rechaço ao PL 4330, sobre terceirização; e suspensão dos leilões de petróleo.

Fonte: SINDIPETRO/RN