Egito: Exército cumpriu a vontade do povo, diz ministro da Defesa
O ministro da Defesa e comandante das Forças Armadas do Egito, general Abdel Fatah Al Sisi, afirmou nesta segunda-feira (15) que os militares não têm ambições políticas, e que a divisão do país provocou a intervenção. Segundo ele, o governo de Mohamed Mursi foi deposto, no começo deste mês, porque o “povo pediu”.
Publicado 15/07/2013 09:01
No último dia 3, os militares anunciaram a destituição do presidente Mohamed Mursi do poder, além da prisão dele e de seus principais aliados, da Irmandade Muçulmana. As Forças Armadas passaram a comandar o governo e, interinamente, assumiu o poder o presidente da Suprema Corte, Adly Mansur.
O ministro egípcio disse que as Forças Armadas propuseram a Mursi a convocação de um referendo sobre a sua permanência no poder, antes de o deporem em 3 de julho. Porém, o então presidente rejeitou a sugestão. “[A rejeição de Mursi e a falta de consenso] obrigaram as Forças Armadas a intervir no processo político”, disse ele, embora Mursi também tenha proposto diálogos políticos nacionais para a reconciliação.
O comandante das Forças Armadas disse que os militares foram fiéis a Mursi. “O Exército se manteve fiel ao respeito da legitimidade das eleições, apesar de essa legitimidade ter começado a perturbar suas próprias bases”, disse Al Sisi. “Apenas o povo pode conceder ou retirar essa legitimidade”, completou.
Enquanto isso, a Embaixada dos Estados Unidos reabre as suas portas nesta segunda (15), depois de ter suspenso as atividades em 30 de junho, devido às tensões que culminaram com a deposição de Mursi, três dias depois.
Com agências