Estudantes da Gama Filho fazem ato na segunda-feira

Com apoio da Comissão de Cultura, estudantes da Universidade Gama Filho fazem ato na segunda-feira (5). A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), que é presidenta da Comissão, estará presente na manifestação que reunirá familiares de alunos, professores e funcionários.

O mandato da deputada federal Jandira Feghali esteve mais uma vez na sexta-feira (2) junto aos estudantes acampados no prédio da reitoria da universidade Gama Filho, em Piedade, Zona Norte do Rio. A parlamentar vem prestando apoio desde o início das reivindicações dos alunos, mediando reuniões com o Ministério da Educação (MEC) e a Comissão de Educação da Câmara. Após reunião na semana passada entre uma comissão paritária de alunos, funcionários e familiares junto ao MEC, intermediado por Jandira, o ministério determinou a suspensão imediata dos processos seletivos para graduação, transferência ou pós graduação das instituições de ensino superior Universidade Gama Filho e Centro Universitário da Cidade (UniverCidade).

A reunião em Brasília, realizada na última semana, também selou acordos com a mantenedora e a comissão paritária. A Galileo Educacional se comprometeu a apresentar garantias financeiras e selou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para as exigências do corpo discente e docente.

“O arbítrio é grande da universidade que, inclusive, vem culpando funcionários por atraso nos cronogramas acadêmicos. Até vestibular a mantenedora está anunciando, sendo que a situação dos atuais alunos é gravíssima. Estaremos apoiando a luta dos alunos por mais transparência, visto que continuam pagando suas mensalidades em dia. Os recursos públicos do FIES e do PROUNI também continuam seguindo para a mantenedora. É preciso que o uso financeiro desses recursos seja explicado, já que muitos funcionários seguem sem receber salários atrasados”, afirmou a deputada.

As reivindicações dos alunos passam pelo pagamento imediato do acordo salarial dos professores; a consolidação de um compromisso oficial com os docentes e funcionários administrativos; a criação de um canal direto e permanente de diálogo com a Galileo Educacional com reuniões periódicas e a garantia do aumento da segurança no campus e arredores, entre outros pontos.

Entenda a crise

Ao que tudo indica a crise da educação privada no Rio teve início quando o grupo Galileo comprou duas das principais instituições de ensino do Estado, a Universidade e a Gama Filho, no segundo semestre de 2011. Após a compra das duas instituições por um único grupo, deu-se início a um processo de tentativa de fusão sem diálogo com o movimento docente e dos estudantes, provocando assim o sucateamento de ambas como instrumento para forçar um processo antidemocrático e truculento.

No início de 2012, houve um reajuste abusivo de 25% nas mensalidades e demissão de mais de 300 professores nas duas universidades. Em maio do mesmo ano, os estudantes fizeram outro grande protesto exigindo transparência e respeito aos professores e alunos. Foi a primeira ocupação de uma reitoria em uma instituição privada.

Esse ano não foi diferente e os estudantes continuam tendo problemas com as universidades. Durante as férias escolares, foram fechados quatro campus sem nenhuma explicação. As aulas também foram adiadas para o dia quatro de março sem aviso prévio. Os problemas de infraestrutura são visíveis pois os alunos continuam pagando suas matrículas e os educadores não recebem os seus benefícios há dois anos.

Fonte: Mandato da deputada federal Jandira Feghali