Câmara de Campinas aprova subsídio ao transporte coletivo
Com 27 votos a favor e três contrários, o Plenário da Câmara Municipal de Campinas aprovou na terça-feira (27/08) em sessão extraordinária, o projeto de lei do Executivo que prevê subsídio para o sistema de transporte coletivo da cidade.
Publicado 28/08/2013 07:21 | Editado 04/03/2020 17:16
De acordo com o líder do governo na Câmara, vereador Rafa Zimbaldi (PP) a extraordinária foi pedida para garantir que a nova regra pudesse a ser aplicada ainda este mês. “Tivemos de pedir a sessão extraordinária porque, se deixássemos para a semana que vem, só poderíamos aplicar o subsídio no mês seguinte”, justificou. A extraordinária foi realizada pela manhã, no Plenário da Casa.
O projeto de lei altera a lei 14.047/2011, que já prevê gratuidades para idosos e pessoas com deficiência física, possibilitando subsídio para o transporte público em geral. Atualmente, o custo do transporte está em torno de R$ 38,4 milhões mensais e a receita total está em torno de R$ 32,4 milhões, gerando déficit de R$ 5,97 milhões por mês, que serão cobertos pelo subsídio do Poder Público.
Atualmente, o sistema de transporte público de Campinas tem 1.252 veículos em circulação, entre empresas, consórcios, permissionários e cooperativas. A idade média da frota é de 4,66 anos. São transportados 15,4 milhões de pessoas mensalmente, sendo que 10,7 milhões são pagantes. A diferença é formada por viagens gratuitas ou integrações. O prefeito decretou aumento da integração de uma hora e meia para 2 horas em março deste ano. “Hoje, um em cada três passageiros de Campinas é beneficiado por alguma política pública”, destacou o secretário de Transportes, Sérgio Benassi.
O secretário lembrou que há diversas gratuidades e benefícios incorporados ao sistema. Ele explicou que esses benefícios não têm custo para quem usa, mas tem custo de operação que é bancado ou pela tarifa ou por subsídios. Entre os gratuitos estão os Bilhete Único (BU) Idoso e Gratuito. Ainda há desconto de 60% no BU Estudante. Há também o BU Vale Transporte, que é dividido entre patrões e empregados e o BU Comum, que paga a tarifa cheia.
O secretário diz que Campinas com esse projeto, Campinas repete procedimento já adotados em muitas cidades brasileiras. Segundo levantamento da Secretaria de Transportes, São Paulo investe mais de R$ 1 bilhão no transporte; Curitiba, R$ 105 milhões; Diadema, R$ 72 milhões, Florianópolis, R$ 62 milhões; Jundiaí, R$ 72 milhões e em Sorocaba, que tem a metade de habitantes de Campinas, são investidos R$ 27,5 milhões.
De Campinas, com texto da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal