Diálogo entre governo e camponeses colombianos está ameaçado

Em declarações difundidas pela Agência Prensa Rural, o líder agrário César Jérez afirmou que as conversas não foram suspensas definitivamente, porém disse que é necessário chamar aqueles que atuaram como garantidores em agosto para desbloquear a greve.

"Há três meses e meio da instalação da mesa, só avançamos um ponto, o sobre apoio às famílias afetadas pelas erradicações forçadas dos cultivos ilícitos", detalhou. Jérez assinalou ainda que o Governo incorre em descumprimentos não só nessa região, mas também em Boyacá e Nariño, "e isto é fator de incubação de outras mobilizações".

De acordo com a fonte, um dos problemas que levaram os camponeses a esta pausa foi a decisão dos designados pelo presidente Juan Manuel Santos de modificar a metodologia acordada e reduzir os encontros de trabalho para dois dias.

Segundo o cronograma, os diálogos estavam sessionando toda terça, quarta e quinta-feira, com dois dias para a comissão técnica e um para tomar decisões.

No processo de negociação para desbloquear as estradas do Catatumbo participaram, entre outros, o ex-presidente Ernesto Samper; o presidente do Congresso, Juan Fernando Cristo e o Alto Comissariado das Nações Unidas, Todd Howland.

A líder agrária Olga Quintero apontou que os camponeses não aceitam esta mudança proposta feita pelos negociadores governamentais. "O governo é quem tem que resolver seu problema sobre as pessoas que vai enviar para negociar", resenhou a Agência de Prensa Rural.

No meio deste panorama, os camponeses do Catatumbo denunciaram o desaparecimento de duas pessoas no município do Tarra, que participaram da mobilização que se estendeu por 54 dias, uma das mais complicadas já enfrentada pelo governo de Santos.

Da redação do Vermelho, 
Com informações da Prensa Latina