Cresce a tensão entre Índia e Paquistão na Caxemira

A Índia acusou o Paquistão de disparar, nesta quarta-feira (13), contra quatro de seus postos localizados na fronteira na Caxemira, em um novo episódio do conflito histórica entre os dois países. Autoridades militares indianas disseram que, pouco depois da meia-noite, soldados paquistaneses começaram a disparar, o que foi prontamente respondido, dando início a um conflito que durou cerca de quatro horas.

Caxemira - Fayaz Kabli/Reuters

De acordo com dados divulgados pela Índia, nos últimos três meses, o Paquistão violou mais de 20 vezes o cessar-fogo na Caxemira. Por outro lado, o governo de Islamabad diz que seu vizinho e rival foi quem na verdade iniciou estes conflitos. Versões à parte, o fato é que nos últimos dias têm aumentado muito a tensão na região, pela qual os dois países já travaram duas guerras para a definição das fronteiras.

Ontem, em sua segunda visita a Caxemira desde que assumiu o cargo no final de maio, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, acusou o Paquistão de estar patrocinando na Caxemira e em outras partes do país uma "guerra de poder" contra a Índia, já que tem perdido sua capacidade de suportar uma guerra convencional.

“Temos perdido mais soldados durante esta guerra de poder do que nas guerras convencionais que travamos contra o Paquistão”, afirmou Modi em sua primeira referência pública à disputa espinhosa com os paquistaneses.

Na semana passada, o ministro da Defesa da Índia, Arun Jaitley, disse ao Parlamento que, nos últimos três anos na Caxemira o país perdeu 49 soldados. Entre tiroteios e tentativas de infiltrações, os incidentes na Caxemira somam cem, número proporcionalmente menor do que em 2013, quando foram registrados 277 confrontos.

A Índia controla a maior parte da região da Caxemira, com 138 mil quilômetros quadrados. É o único estado do país com uma população de maioria muçulmana. Islamabad gere a outra parte que possui 84 mil quilômetros quadrados. A disputa pelo território montanhoso, dividido pelo Império Britânico após a sua retirada do local em 1947, é o centro de todas as outras disputas entre as duas nações.

Com informações da Prensa Latina